Capítulo 04

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— Dulce Maria —

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Dulce Maria

      Minha mão parou a centímetros da porta, o ar frio envolvendo minha pele como um cobertor frio.

Apertei o moletom contra meu corpo, segurando forte em minhas mãos. Bati na porta. Entrei quando ele permitiu.

Mateus estava sentado na frente da mesinha, inclinado sobre um livro aberto, segurando uma caneta que ele batucava no caderno de anotações. Uma xícara de café quase vazia ao lado.

— Olá. — Falei depois de respirar fundo.

Mateus me olhou pela primeira vez desde que entrei ali. O óculos redondo, com armação dourada estava torto em seu rosto, os olhos verdes cansados.

— E aí. — Ele voltou a atenção para o livro, a caneta voltando a batucar na mesa em um ritmo irritante.

— Vim trazer sua blusa. — Coloquei o moletom na cama. Parei, e voltei ao encarar.

Mateus ficou parado em silêncio, a caneta já não se mexia em seus dedos, o rosto apoiado na palma da mão esquerda. A luz fraca da luminária batia no lado direito de seu rosto, os cabelos claros pareciam magníficos.

— Ótimo. Vai me contar o que aconteceu agora, ou fingir que aquilo nunca aconteceu?

— Eu gostaria de continuar na segunda opção.

Ele suspirou, soltou a caneta sobre o livro. Mateus parecia exausto. Tirou o óculos e passou as mãos pelo rosto. Ele se virou na cadeira, os olhos bem fixos nos meus.

— Sua blusa está na minha mochila. — Dei um pequeno sorriso e abri a mochila que estava jogada no chão.

Minha blusa ainda estava um pouco molhada, o cheiro não era muito bom.

— Dulce... — Ele parou quando eu o olhei, revirou os olhos como se tivesse estressado. — Espera aí, eu já volto.

Então se levantou e saiu correndo. Não demorou muito para voltar, uma pequena caixinha de madeira nas mãos.

Mateus se sentou na cama e apontou para eu me sentar a sua frente. Fiz o que ele me mandou, deixando a blusa no chão sem me importar muito.

Ele abriu a caixa, era uma caixa cheia de remédios e coisas para curativos, abri e fechei minha boca em busca de palavras.

— Pra que isso?

— Sem querer te ofender. Mas seu curativo está uma merda. — Estreitei meus olhos, ele riu.

— Eu fiz correndo. Não vale.

— Me de sua mão. — Com relutância estendi minha mão em sua direção.

Mateus segurou com tanta delicadeza que seu toque era quase invisível. Ele começou a desfazer o antigo curativo, cerrei os dentes quando a atadura puxou o sangue seco grudado na pele.

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