Capítulo 52

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" I can feel the fatigue but I'm dying to shine
But the road winds, I rewind, I rewind
Got to find a new place to hide for the night
Will I ever escape? Boy, I try and I try
Everybody's watching me, I'm dying to get out
In the glass labyrinth I am the mouse"



°•Dulce maria°

Miguel parecia decidido a estragar o dia de Mateus. O que convenhamos não era novidade. Guilherme parecia pronto a pular no pescoço do garoto, se Mateus parecesse um pouco chateado, ele faria isso.

— O que você quer? — Mateus perguntou, as mãos fechadas em punhos e os olhos semicerrados.

— Ver como você está. — Respondeu Miguel, irônico. — Ora, fiquei sabendo que o garotinho de ouro está doente.

Mateus engoliu em seco, os punhos tremiam e os olhos pareciam distantes. Ele odiava quando falavam sobre isso, eu sabia, mas agora era Miguel falando, e isso se tornava quase um insulto para Mateus.

— Que foi, sentiu minha falta, coisinha feia? — Mateus perguntou com ironia.

Isso pegou Miguel desprevenido.

Eu adorei.

— O quê?

— Se importa tanto comigo que veio correndo ver como eu estava. — Mateus debochou. — Acho que você me ama secretamente, o que seria nojento e desprezível para mim.

— Seu idiota... — Miguel parecia sem palavras, algumas pessoas estavam prestando atenção na conversa. — Eu odeio você.

— Ódio e amor andam juntos.

Miguel revirou os olhos, arrumando a postura.

— Você está perdendo tudo, Mateus. — Aquilo foi dito com frieza, com ódio. — Com o tempo você não vai ser mais nada além de um garotinho doente que está perdendo o tempo restante...

— Já chega, Cale a porra da boca! — Gui interrompeu

Miguel parecia divertido com o abalo de Mateus. Ele se inclinou para frente como se fosse sussurrar um segredo.

— Você é um nada. Veio do pó e vai voltar a ser pó.

Mateus desviou o olhar, Guilherme pulou na frente do amigo e empurrou Miguel contra a parede. O garoto foi pego de surpresa, a cabeça batendo contra a parede.

Gui parecia pronto para arrancar a cabeça de Miguel fora, mas Mateus interveio com um barulho.

— Não. — Ele disse. — Não vale a pena.

Então saiu sem olhar para trás. Gui empurrou Miguel uma última vez, e sussurou entredentes:

— Se falar essa estupidez outra vez, eu mesmo tratarei de fazer você virar pó. 

Corri dali antes que Miguel estivesse livre.




°•Mateus°•

Eu estava louco.

Tinha certeza disso, eu estava louco por completo. A doença parecia confundir minha mente.

Eu ouvia meu pai.

E meu pai estava morto. Mas ele falava na minha cabeça, parecia sussurrar em meu ouvido como se estivesse ao meu lado.

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