Capítulo 41

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Name your courage now
We could have had anything, anything else
Instead you hoarded all that's left of me
Swallowing your doubt
Like swords to pit of my belly
I want to feel the fire
That you kept from me




•°Mateus°


Voltei quando o sol já estava começando a aparecer, ninguém percebeu que eu não tinha passado a noite aqui.

Agora eu estava sentado na cama de colchão fino de novo. Minha mãe me encarava, os olhos estavam inchados.

- Então? - Questionei. Ela suspirou se dando por vencida.

- Você pode sair. - Disse.

- Ainda acho que o garoto deveria ficar, os médicos podem ficar de olho...

- Não vou ficar. - Interrompi Jonny. - Não vou parar de viver minha vida por conta da doença.

Ele me encarou, eu olhei de volta. Minha mãe balançou a cabeça e me entregou roupas limpas.

Me tranquei no banheiro e troquei as roupas que Gui tinha me emprestado pelas minha roupas novas. Joguei tudo dentro da mochila e encarei meu reflexo no espelho.

Meu cabelo parecia desbotado, marcas roxas abaixo de meus olhos, meu rosto estava mais fino. Não me lembro quando foi a última vez que comi uma refeição completa. Encarei minhas mãos e elas tremiam sem que eu conseguisse controlar.

Me sentei no chão do banheiro, abracei minhas pernas e encostei os joelhos no peito. Olhei para a parede branca e tentei controlar minha respiração.

Não é tão ruim. Pensei. Não é tão ruim, poderia ser pior.

Mas era ruim, era muito, muito ruim.

- Mateus? - Minha mãe bateu na porta.

- Ãhm... tô fazendo xixi! - Me levantei.

Minha mãe fez um barulho do outro lado da porta, provavelmente duvidando muito da minha mentira. Dei descarga pra completar minha mentira e abri a porta.

Ela me encarou, parecia preocupada e cansada.

- Aí, hospitais né. Sempre dá vontade de fazer xixi.

- Isso nem sequer faz sentido. - Jonny se intrometeu.

- E você já ficou internado por acaso?

- Mateus. - Minha mãe me repreendeu.

- Ops. - Sorri tentando parecer inocente, Jonny revirou os olhos pegando a chave do bolso.

Segui prontamente atrás dele, jogando a alça da mochila por cima do ombro. Atravessamos um imenso corredor branco, depois ficamos os três no elevador. Foi contrandor e apertado demais, minha mãe apoiou a mão no meu ombro e eu pensei que iria desmaiar sem conseguir me afastar. Então estávamos saindo e indo em direção ao carro, e a única coisa que eu conseguia pensar era em casa.

Finalmente de volta para casa.

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