Capítulo 22

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°•Dulce Maria•°

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°•Dulce Maria•°

   Apertei meus olhos, rolei para o outro lado da cama, agarrei a coberta puxando até meu queixo. Meus cílios molhados fizeram cócegas em minhas bochechas. Apertei os olhos com mais força. As sombras se moveram do outro lado do quarto. Abri meus olhos, os galhos das árvores se moveram com o vento, a luz da lua brilhou mais forte, o trovão vibrou no céu escuro. Me sentei na cama.

O silêncio alcançou meus ouvidos de uma maneira perturbadora.

Apertei meus punhos, respirei fundo.

Me levantei da cama, o chão úmido parecia congelar meus pés no chão. Andei até a janela. Me segurei no batente quando meu pé escorregou na água.

Segurei a cortina e me inclinei contra o parapeito, meus cabelos se mexeram com o vento, a chuva alcançou minha pele. Sentia meus dedos escorregando no chão, meu corpo se inclinando mais para frente.

— Dulce? — Abri meus olhos com o susto.

A batida fraca na porta veio novamente, respirei fundo e me segurei na parede para andar até o banheiro, puxei a toalha e apertei contra meu rosto.

— Também não consegue dormir? — Lorena perguntou, agora abrindo a porta para entrar.

— Uhum. — Joguei a toalha molhada e suja com manchas de sangue no lixo. — E você?

— Tem uma goteira na pia do banheiro, já contei mais de trezentas gotas de água. — Me sentei ao lado dela na cama. — Você tá bem?

— Uhum.

— Uhum não me parece uma resposta muito convincente.

— Contar goteiras da pia também não me parece uma boa resposta.

— Tomei muito café.

— Agora isso já é mais convincente.

— Então. E você?

— Pesadelos. — Era uma meia verdade. Lorena me olhou com tristeza.

— Quer assistir um filme? — Olhei para meus pés, balancei os ombros pesados e me deitei na cama, puxando a coberta para cima.

Lorena se deitou ao meu lado, pegou o controle da mesinha e ligou a televisão. Meus olhos se desviaram para a janela, os galhos da árvore se mexeram, como se estivessem dançando uma dança melancólica e solitária.

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