Capítulo 27

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°•Dulce Maria•°

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°•Dulce Maria•°

O clima estava estranho desde que saímos do shopping. Eu me sentia meio estúpida, porque parte do clima desconfortável era minha culpa, eu o deixei me beijar, eu parei de falar, eu fui a esquisita. Dylan ligou o aquecedor do carro, alguma música do Ed Sheeran tocava baixo no rádio. 

— Então... foi isso né. — Disse sem graça. Segurou o volante apenas para o soltar.

Deveria abrir a porta e sair, voltar para casa. Mas me sentia presa ao banco, como se tivesse que resolver isso de alguma maneira desconhecida.

— Olha, — Dylan se virou para mim, a luz do poste brilhou no rosto dele, as gotas finas de água grudadas no vidro, deixaram sombras estranhas. — Se você quiser me bater tudo bem, bata na minha cara, chuta o meu joelho, não sei. Pode me espancar se quiser, porque parece que eu fiz algo muito errado com você, e eu não quero isso.

Tive que rir, incrédula de suas palavras, os olhos de Dylan se arregalaram por alguns segundos, ele me olhou com arrependimento.

— Eu fiz algo muito inacreditável né? — Apoiou as mãos no rosto. — Meu Deus por que eu fiz isso? Não deveria ter te beijado...

— Dylan. — Chamei, tentando fazer com que ele parase de delirar.

— Me desculpe. Dulce, me desculpe mesmo...

— Dylan, pare. — Olhei para minha casa do outro lado, a luz da sala e do corredor estavam acessas, conseguia ver através das cortinas claras, brilhando como fantasmas. — Você não fez nada errado.

— Tem certeza?

— Eu deixei.

— Mas talvez você estivesse muito assustada com tudo. — Continuou, tentando arrumar desculpas para eu estar chateada.

— Quem está parecendo arrependido por ter me beijado, é você.

Dylan se calou, me olhou como se não acreditasse nas minha palavras, como se eu tivesse dito algo tão incrédulo que nem poderia ser considerado normal.

— Nunca. Eu gostei.

— Eu também. — Sua boca formou um o como se ele ainda estivesse processando uma pergunta perdida. — Eu só preciso de um tempinho... Preciso de um tempo para entender tudo que aconteceu. Meus sentimentos são estranhos, principalmente quando se tratam de garotos.

Principalmente quando se tratam de Mateus.

Afastei o pensamento, apoiei minha mão na maçaneta, mas Dylan chamou meu nome antes que eu pudesse abrir a porta.

— Então não está brava, ou chateada, ou...

— Não. — Respondi antes que pudesse terminar. — Só preciso de um espaço, e um tempo. Entende isso, não é?

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