Capítulo 30

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°•Dulce Maria•°

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°•Dulce Maria•°

— Quer que eu vá com você? — Dylan perguntou.

Olhei para ele, depois para meu relógio no pulso, só percebi agora que tinha ficado cinco minutos em silêncio encarando a casa de Nick. Balancei minha cabeça, afastando os pensamentos.

— Não, tudo bem. Se quiser pode ir embora.

— Vou te esperar, não tenho nada pra fazer mesmo.

— Tudo bem.

A casa de Nick parecia dourada sob o sol forte. A porta estava quente quando bati, ele abriu a porta, já sabia que eu viria.

— Precisamos conversar. — Ele me olhou por alguns instantes, depois fechou a porta e balançou a cabeça.

— É, precisamos.

Nos sentamos no balanço que tinha atrás da casa, o sol era bloqueado pelas árvores, escutava a água batendo nas pedras bem longe, crianças gritando enquanto brincavam no rio.

— Então... — Comecei, mas então me calei.

O que eu poderia falar? Me sentia desnorteada, perdida e confusa. Eu deveria falar alguma coisa? Perguntar da noite anterior? Deveria dizer alguma coisa de consolo? Olhei para frente enquanto balançava meus pés no balanço. Ao longe, um pássaro descia do céu, se sentando em um ninho preso no galho do pinheiro. Era um passarinho mãe, levando uma minhoca no bico para o filhote, que fazia um barulho escandaloso de felicidade abrindo o bico para receber a comida e se aconchegando perto da mãe.

— Eu não sei, ok? — A voz de Nick vacilou. Me virei para ele.

— Não sabe?

— Não sei porque tentei aquilo. — Foi quase um sussuro, Nick parecia ter medo das palavras.

Fiquei em silêncio, o barulho do passarinho se misturava com as crianças gritando. Olhei para o chão, arrastando meus pés na terra úmida, o céu já começava a se fechar, a tempestade chegaria a tarde.

— Não precisa falar disso se não quiser.

— Acho que as coisas já estão estranhas a muito tempo. — Pensou por alguns minutos, depois suspirou, colocando um pé sobre o balanço, o queixo apoiado no joelho. — Não sei quando as coisas mudaram, mas não é mais como antes... nossa amizade.

Me sentia sufocada pelo calor, o vento balançando os galhos das árvores, as folhas caindo no chão, o passarinho se calou, dormindo tranquilamente, as crianças gritaram, alguém chorava agora.

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