Rendida Por Um Traficante

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Rodrigo.

Assim que desliguei ouvi um grito,corri em direção e era o sorriso com uma bala perto do quadril

- porra sorriso,não fode vai -disse fazendo pressão no local- EI MAGRINHO CORRE AQUI - ele veio em minha direção -me ajuda a por ele no carro e passa rádio pro testa levar ele pro hospital urgente.

- suave chefe - disse apoiando sorriso em seu ombro e os dois foram embora.

Quando menos esperava meu radio toca.

- ae patrão,LM já tá descendo,veio armado até os dentes.

- é assim que eu gosto. Fica de olhos abertos,qualquer suspeito mete bala.

- pó deixar patrão. Fé ae.

Desliguei o rádio e entrei em um beco,palhaço é um cagão,manda só os soldados,ele mesmo não tem coragem de por as caras aqui,sinto alguém tocar no meu braço,me viro e é LM.

- parceiro tu me salvou em. Te devo uma - atiramos em uns moleques.

- tá comigo,tá com Deus.

Depois de umas 4 horas de conflito os cara que sobraram do Vidigal foram embora correndo quando viram que não tinham chances.

Fui até o hospital ver como sorriso tava,um médico veio e disse que ele passou por uma cirurgia e que perdeu 58% dos movimentos da perna direita,ou seja,ele ia ter que ficar afastado e fazer sessões de fisioterapia,ele ia passar 2 semanas aqui no hospital pra um tratamento ou sei la o que.

Montei na minha moto e fui subindo o morro,olhei no celular e eram 17:36 da tarde,vi MG descendo e parei.

- corno manso,espalha pra geral,toque de recolher,depois das 22:00 quero ninguém na rua,ninguém saí daqui,os únicos que entram são os trabalhadores que sabemos que chegam tarde da batalha,escolta todos até em casa,meu morro,minha família,minha segurança,não quero nenhum morador ferido,olhos e ouvidos abertos,quem vacilar morre,troca de turno só quando os soldados chegarem,não é pra vacilar em.

- pode deixar boi,vou passar a ideia pra geral - fizemos toque e segui pra casa.

Cheguei e escutava um choro alto e sabia de quem era. Abri a porta e a Gabi me olhou brava.

- tu sabe que horas são? Ela tá sem mamar a horas,tá com fome,vai na farmácia e compra um leite ninho pra recém nascido AGORA.

Saí correndo montei na moto de novo e fui até a farmácia que já estava fechando comprei o leite,chupeta,mamadeiras,Remédios para cólica,fraldas,pomadas e lenços umedecidos. Paguei o seu Pedro e voltei pra casa e fui direto preparar o leite,coloquei na mamadeira que higenizei e dei a mesma pra Gabi que colocou na boquinha da pequena.

- vamos ficar com ela? - perguntei olhando pra Gabi que olhava a neném com amor.

- com certeza,ela precisa de uma família e vamos proporcionar isso a ela - assenti - ela precisa de um nome.

- pensei em Maria,era o nome da minha mãe,ela foi uma guerreira - ela assentiu.

- eu pensei em Vitória,porque ela nasceu em meio ao caos,ela é um milagre.

- Que tal Maria Vitória? - a olhei.

- perfeito - ela sorriu.

Era a minha Maria Vitória,minha filha,minha protegida,eu iria ama-la. Aliás,eu já a amava.

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