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Gabriela

Quatro meses nesse lugar,quatro meses com aquele imundo,quatro meses de puro sofrimento,quatro meses aguentando aquele nojento encostar em mim,quatro meses de dor.

Eu não sei quem é ele,não sei o que ele tem contra mim ou Rodrigo,não sei a resposta de quaisquer perguntas.

Os últimos meses têm sido horríveis,o cara chega drogado,me prende na cama e vocês já sabem o resto. Não me imaginava nunca nessa situação,não gosto de me olhar no espelho,não gosto de me tocar,a vergonha que eu tô de mim é tão imensa,é tão doloroso ver que eu não vou conseguir voltar ao que era.

Hoje era mais um dia que tinha o desprazer de acordar,o desprazer de viver,o que mais me dói é saber que minha filha e minha sobrinha estão crescendo a cada dia e eu tô perdendo tudo,que saudade das minhas meninas!

Ultimamente,meu pensamento é a única coisa que me salva,estive pensando bastante no Rodrigo,é esquisito porque eu nunca senti o que eu sinto por ele. Todos os dias eu rezo pra ele me encontrar,me tirar desse lugar. É o que me mantém esperançosa.

Tava deitada cantando um louvor baixinho,quando escuto passos subindo as escadas,já me preparo pro que está por vir.

- oi oi minha gracinha - ele não parece estar drogado ou bêbado dessa vez - estive pensando,acho que já tá na hora de fazer um acerto de contas com o cabra- parou em minha frente cruzando os braços - você vai fazer exatamente tudo que eu mandar,e se desobedecer vai virar marmitinha de bandido,na verdade nada que você já não seja -pegou em meu maxilar com a mão direita com força enquanto apertou meu seio com a mão esquerda o que me deu uma enorme vontade de vomitar e chorar ainda mais.

Apenas assenti,eu já não tinha mais forças,escolhas,direitos,eu já não tinha mais nada. Estava desesperada e iria fazer de tudo pra sumir desse lugar,caso Rodrigo não me achasse iria fugir,não sei como,mas iria fugir.

Ele deu um beijo em meu pescoço e desceu a mão até minha intimidade,eu berrei. Aprendi a mentir e virei uma ótima atriz,sempre que possível fingia estar com uma cólica muito forte,as vezes funcionava e as vezes não.

Ele me deu um tapa na cara,seu anel entrou em contato com minha pele e machucou minha bochecha,senti um gosto metálico na boca, e logo em seguida o sangue cair sobre a minha calça de moletom cinza fazendo a mesma manchar.

Não me preocupei nem um pouco em deixar minhas lágrimas caírem. Como queria o abraço do meu pai nesse momento.

Ele rasgou minha blusa,me debati,tentei por tudo escapar,gritei fingindo estar com cólica,mas não funcionou.

Ele puxou minha calça pra baixo e me invadiu com tudo. Gritei com a dor. Puxava meu cabelo,beijava meu pescoço,se esfregava em meu corpo apertando o mesmo pensando que me dava prazer. Apertou meu seio com tanta força e foi inevitável sair um grito de minha garganta,tinha certeza que amanheceria toda roxa.

Ele penetrava com força e fundo. Meu útero doía,meu corpo doía,eu já não tinha mais lágrimas pra derramar sob o lençol. Eu só queria morrer.

Ele tirou e gozou. Um alívio tomou conta de mim. Ele ergueu as calças e saiu trancando o quarto.

Eu precisava sair desse lugar.

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Rendida Por Um Traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora