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Eu não sabia se o que eu estava fazendo era certo ou errado, se era justo comigo ou com ele, mas o fiz.

Nossos lábios tinham urgência um do outro, eu conseguia sentir a saudade que ele estava e confesso que eu estava também. Nossas línguas estavam em perfeita sincronia e as mordiscadas que ele me dava vez ou outra, faziam com que meu corpo arrepiasse.

Boca: Eu não posso, eu não aguento. — disse ao final do beijo, depois de alguns selinhos e com o rosto ainda colado ao meu. — Você é foda! — riu.

Laura: Mas eu não fiz nada. — sussurrei um pouco aérea.

Boca: Só olha pra trás. — virei o corpo e seu membro dava sinal embaixo de bermuda. Marcadinho, do jeito que eu gosto.

Laura: Eita. Vou buscar o seu café. — balancei a cabeça negativamente levantei. Quando eu estava prestes a sair, a bonitona voltou, os olhos dela foram direto pra neca do Boca, que modéstia à parte, era uma senhora neca.

Laura: Enxuga a baba aí, linda. — sussurrei ao passar por ela e saí do quarto, indo em direção a cozinha.

Dona Sônia ainda estava por lá e me ajudou a arrumar tudo na bandeja pra ele, quando eu voltava, a ouvi se despedindo, fiz a Kátia surda e voltei pro quarto.

Boca: Tu é muito da filha da puta. — eu ri e deixei a bandeja na mesinha ao lado da cama, sentando, em seguida, ao lado dele.

Laura: Explica o motivo. — peguei um pedaço de bolo e dei em sua mão.

Boca: Eu ouvi o que você disse pra Carlinha. — pegou o bolo e começou a comer.

Laura: Carlinha é meu ovo. — revirei os olhos. — Eu vejo maldade de longe e ela tá na sua intenção.

Boca: Fala merda não, come aí. — enfiou o bolo na boca. — Tu que fez, né? Conheço. — chegou um pouco pro lado, me deu um beijo na bochecha e eu continuei emburrada.

Fiquei lá até a hora dele dormir, saí de lá renovada. Eu amava fazer bem as pessoas, mas eu precisava ver até que ponto isso faria bem a ele, até que ponto eu não estava me enganado e mais uma vez, me metendo em uma situação que poderia me magoar.

Cheguei em casa e fui logo procurar um banho, desci e preparei a janta. Enquanto não ficava pronto, dei uma conferida no celular, respondi todo mundo e fui dar uma olha no Instagram.

Primeira publicação, era do Vagner. Na foto, ele, uma tal de Mayla e a Manu no colo deles. Aquilo não me causou nada, até porque já tinha o visto antes com ela por aqui, fui ler os comentários e O QUÊ? Eles tinham noivado, isso mesmo, meu Brasil, não peguei o boy e ele noivou. Nossa! Ok, felicidades ao casal.

Terminei de fazer a janta, fui pra sala e jantei sozinha vendo TV, qualquer barulho dos meninos lá fora, eu já achava que era o meu irmão chegando, mas não, nada.

Eu sei que quando eles fazem "a limpa", sempre precisam ficar um tempo escondidos. Mas eu não consigo me acostumar, é torturante não saber onde ele está.

ANDANÇAS - PARTE IOnde histórias criam vida. Descubra agora