JH: Tu leu minhas mensagens? — disse quando me aproximei, estávamos na varanda, próximos a churrasqueira.
Laura: Li. Valeu pelos presentes.
JH: Eu quero te pedir desculpa, tá ligado? Por tudo que nós já passou, por toda as parada que eu te fiz passar. Era pra eu ter pulado no miolo junto contigo, quando geral ficou em cima...
Laura: Já passou, João. É só isso? — ele não falou mais nada, então, eu já ia saindo, quando ele segurou meu braço.
JH: Tu é a mulher da minha vida. Posso ser o vacilão que for, mas por você eu mudo. Tá ligado? É só uma chance.
Laura: Infeliz, pra mim, não dá. — sorri amarelo e me soltei dele, voltando pra dentro de casa.
Passei direto de onde o pessoal tava, peguei minhas chaves e meu celular.
Laura: Vou lá na dona Sônia. — avisei ao Roger.
Roger: Avisa ao Boca que quem fez isso a ele nunca mais vai fazer e que amanhã vou lá dar uma moral. — assenti e fui pra garagem.
Quando cheguei lá, o João estava fumando, encostado na moto.
João: Vai onde? Nossa conversa não terminou. — olhei firme pra ele.
Laura: Para com isso, João. O seu mal é esse, eu me tira do sério com muita facilidade. Quem eu devo satisfação já sabe, agora, me dá licença. — ele não saiu da frente.
João: Quando tu vai entender que eu sou apaixonado por você, po?
Laura: Eu já entendi, mas não quero nada além do entendimento. — montei na moto e liguei, mesmo com ele encostado nela. — Se você não sair, vou passar por cima hein, já tá me estressando.
Ele saiu balançando a cabeça negativamente, e eu saí, indo pra casa da dona Sônia. Parei em frente, buzinei e a Alice veio me receber, dei dois beijinhos nela e fui entrando, dona Sônia estava na cozinha, fui lá dar um cheiro nela e segui pro quarto.
@: Mas você tá sozinho porque quer, né? — ouvi de longe e em seguida, risadas.
Boca: Nem é isso, po. Quem vai me querer assim? A vida que eu tinha antes já não era a mais foda, imagina agora.
@: Conheço gente que ia te querer de qualquer jeito.