LAURA
Mas gente?! Que imagem é essa? Eu nem bebi, não pode ser miragem.
Quando eu cheguei aqui, a filha da puta da Vanessa nem me avisou que ele estava aí, meu coração quase pula pra fora.
Ficamos trocando olhares, enquanto a Manu estava no meu colo, assim que ela saiu, fui na cozinha pegar um pouco de macarronese pra mim.
Laura: Tem carne aí? — ele estava na churrasqueira.
Vagner: Pra você, tem até o churrasqueiro. — falou baixo, mas pude escutar e ri.
Tinha uma mesa perto dele, onde o copo de cerveja tava apoiado, peguei uma cadeira e sentei ali mesmo, enquanto ele cortava a carne.
Vagner: Tá aí, Lau. — me servi, enquanto ele saiu não sei pra onde.
Continuei a comer e ele voltou com mais duas cracudinhas, serviu meu copo e o dele, levou a bandeja de carne na outra mesa e voltou, se sentando na minha frente.
Vagner: Cadê tua filha? — quebrou o silêncio, já que eu sou uma negação pra puxar assunto.
Laura: Tá com o pai... — tomei um gole da cerveja — Final de semana dele.
Vagner: Ué? — arqueou a sobrancelha.
Laura: Ué o que? — dei risada — Nos separamos.
Ficamos conversando por um bom tempo, contei pra ele boa parte do que tinha acontecido e ele também me contou do que tinha rolado com toda essa mudança de vida dele.
Já estávamos perto do pessoal, e umas 4 caixas já tinham ido fácil.
Vagner chegou a cadeira mais pra perto da minha e pôs sua perna em meu colo, passou o braço por trás do meu corpo e aproximou sua boca do meu ouvido.
Vagner: Quando vamos ter a oportunidade de fazer tudo o que a gente tem vontade, mas nunca fez? — sussurrou no meu ouvido e eu corei. Vanessa e Liara me olhavam rindo e eu neguei com a cabeça.
Laura: Quer me complicar? — ri sem jeito, falando baixo.
Vagner: Nunca, po. — ainda sussurrava, acho que ele estava pensando que ninguém prestava atenção em nós — Vai fazer o quê depois daqui?
Laura: Nada. — virei um pouco o rosto pra ele, com a mão na frente de boca pros outros não lerem nossos lábios.
Ele encarou minha boca por certo tempo e me beijou, ali mesmo, sem vergonha alguma. Não recuei, me entreguei na mesma medida. E todas as borboletas do meu estômago, ressuscitaram.
Eu parei de ouvir o mundo, ficou tudo em silêncio, meu foco era só nós dois. Aquilo tudo parecia um sonho.
Vagner: Puta que pariu! — me deu mais alguns selinhos — Até que enfim... — sorri tímida e ele pegou na minha mão, fazendo carinho na mesma.
Não conseguia olhar pras meninas, eu estava tímida de verdade, como se tivesse perdido o meu bv no intervalo do colégio.