LAURA
Acabou que a gente cochilou lá na sala mesmo. Acordei quando escutei uma gritaria no meu portão, levantamos os dois assustados e ele um pouco escaldado, é claro.
Laura: Calma! Vou ver o que é... — ele assentiu e continuou no sofá.
Enquanto isso, abri a porta e as meninas estavam desesperadas, Liara chorando, Vanessa meio desnorteada e mais duas meninas que não conheço, chorando também.
Vanessa: Laura! Laura! — fez sinal pra eu ir até lá.
Laura: QUE ISSO? — gritei quando vi a Sheila no chão, coberta de sangue.
Vanessa: Aquela mulher que você falou no início do baile, amassou a Sheila, o Boca trouxe a gente aqui pra não dar merda lá, o JH saiu arrastando a menina não sei pra onde. — ela tremia muito e eu estava horrorizada. — Seu irmão sumiu e os meninos ficaram de ver um jeito de levá-la pro hospital.
Eu não sabia o que fazer, meu irmão tinha sumido com o carro e o dos meninos não descia. Ou seja? Todo mundo a pé.
@: Bota ela pra dentro da sua casa. — uma das meninas que chorava falou comigo.
Laura: Não posso. A casa não é minha. — me senti horrível por essa atitude, eu poderia até ajudá-la, mas botar dentro da minha casa, não. O Roger já disse que não queria ela lá, tomou nojo da cara dela.
As meninas tentavam fazer contato com os meninos, mas era inútil. Enquanto isso, entrei e peguei meu celular.
Vagner: Vai aonde? — eu já estava saindo.
Laura: Vou tentar levar a Sheila pro hospital. Quer dormir aí? Descansa um pouco, daqui a pouco chego de volta. Sobe lá pro meu quarto.— mandei um beijo e saí.
Quando voltei pra calçada, meu irmão estava parando o carro, nem falei muita coisa, já logo peguei a chave, enquanto as meninas botavam ela lá dentro e entravam também.
Roger: Tu é muito boba mermo. — negou com a cabeça. — Não quero essa porra suja de sangue não. — virou e subiu na moto com a Maria.
