• Capítulo 66

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Rugge on·
Pego meu celular e o guardo no bolso e saio indo até o salão do baile. Uau! Aqui está lindo! Estava encantado em como tudo ficou quando eu vejo uma visão que é mil vezes melhor da qual eu estava vendo. A Karol bem na minha frente com um vestido deslumbrante, com uma maquiagem maravilhosa e com um cabelo divino, e é claro, o melhor de tudo é o seu sorriso. Ele está radiante! Sou encantado por essa mulher! Vou em sua direção e a sinto um pouco nervosa.

Rugge: ei.- digo a abraçando- Está tudo bem?- pergunto enquanto saímos do abraço.
Kah: sim e com você?- ela me olha- Você sumiu hoje.
Rugge: bom, foi por motivos especiais, eu garanto!- afirmo e ela sorri. Eu iria falar mais, mas sou interrompido quando escuto a música que cantamos ontem tocando- Me dê a honra dessa dança senhorita Sevilla?
Kah: claro senhor Pasquarelli- rimos pela brincadeira e logo após começamos a dançar. Cantamos ontem e hoje estamos dançando essa música maravilhosa e a nossa sintonia é gigante do mesmo jeito. Nossa conexão é perfeita em todos aspectos. Eu a amo e isso não é mais novidade para ninguém!

Horas depois·

Kah on·
Se passaram horas. Eu e o pessoal comemos muito, dançamos bastante e agora estamos todos de pé para um dos momentos mais importantes. O diretor está falando sobre o nosso ano na faculdade, sobre o que ganhamos e o que deixamos a desejar. Está nos incentivando para o ano que vem e agora ele acabou de dizer meu nome.

Diretor: a senhorita Karol Sevilla gravou um vídeo incrível para todos vocês. Nesse vídeo ela conta sobre a trajetória dela, sobre o que ela passou na escola e na faculdade e incentiva aqueles que estão caídos. Vejam agora o vídeo sensacional dessa moça que mais uma vez eu a agradeço por ter se disponibilizado a nos ajudar- ele diz e todos aplaudem. Posso sentir meus olhos arderem só de lembrar de tudo o que eu falei. Valu, Lina, Agus e Mike se aproximam mais de mim e Rugge entrelaça nossas mãos e eu apenas dou um sorriso bobo. Olho para o lado e vejo o olhar de Candelária sobre nós. Apenas sorrio fraco e olho para o telão e o vídeo logo começa.

Vídeo on·

Kah: olá a todos, aqui quem fala é a Karol Sevilla e estou indo para o sexto período da faculdade. Bom,- suspiro- quando o diretor falou sobre esse vídeo lá no refeitório confesso que no início eu não queria participar por medo de não ser escolhida por meio de todos gritando e depois ficar mal se eu não participasse, mas depois foi decidido fazer um poema cada um e o melhor iria fazer esse vídeo e aí eu fiquei mega empolgada e resolvi participar, além do mais seria mais que justo essa "disputa".- faço aspas com os dedos- Quando eu vi que venci eu fiquei mais animada ainda! Eu queria demonstrar o quanto eu mudei, o quanto foi meu passado e como está sendo meu presente. Me abrir, me conhecer, até porque vamos nos descobrindo através do tempo. Talvez você deve estar me perguntando o que isso tem a ver com o vídeo e bom, irei dizer para vocês agora! O diretor pediu para eu falar sobre minha trajetória na escola e na faculdade, sobre minha vida e incentivar vocês e eu verdadeiramente quero me abrir nesse video. Digamos que eu queira "desabafar", pois é algo que eu nunca fiz com alguém. Desabafar totalmente é algo que eu ainda não aprendi e confesso para vocês.- sorrio- Para quem me conhece sabe que eu sempre fui uma menina inferior, com medo de demonstrar meus sentimentos, o meu falar, as minhas ações, medo das pessoas me julgarem, até porque os outros adoram apontar nossos erros. Eu sou superdotada e por isso sempre sou dois anos mais nova do que meus colegas de classe e isso sempre foi um problema para alguns alunos infelizes. Por eu usar óculos, por meus dentes serem maiores e por eu ser sempre mais quieta no meu canto sempre fui um motivo de zoação para as pessoas. Se eu me sentia mal? Bom, eu não ligava tanto. Eu apenas tinha meus amigos que eu podia confiar que eram os livros e eu não tenho vergonha de falar isso. Os livros foram muito importantes pelo o que eu sou hoje. O meu passado também foi extremamente importante! Confesso que o ensino médio foi anos de grande tormento, mas claro que no ensino fundamental também. A questão é que quando começamos a ficar mais velhos os nossos hormônios estão à flor da pele e começamos a descobri coisas novas. No primeiro ano do ensino médio eu era extremamente apaixonada por um menino. A questão era que ele era o mais popular e o que uma nerd iria fazer com um popular? Ensiná-lo matemática? Não, na minha cabeça eu tinha que fazer algo para impressioná-lo, pois o que um menino popular que tem todas as garotas aos seus pés iria fazer com uma menina que só pensa nos estudos? Eu tentava impressioná-lo por diversas formas, optei até por mudar minha forma de me vestir e se foi em vão? Nem tanto. Ele começou a me dar bola e começamos a sair, mas a questão era que ele não estava saindo por vontade própria. Era uma aposta de seus amiguinhos que sabiam que eu era caidinha por ele!

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