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Emily 🌈

Cauany: Tava com saudades até, bruxinha.- Eu sorri animada.

Emily: Você some e volta como mágica, odeio.- Falei sugando o canudo do meu drink.

Cauany: Necessário né linda, trabalho demais.- Dei os ombros e olhei ela.

Eu diria que eu tinha um crush do caralho na Cauany, pena que a garota não dava nem uma moralzinha e eu morria de vergonha de pedir ou acontecer algo, até porque eu me considerava hetéro.

Minha adolescência foi se suave em relação a isso, mas parece que depois dos 18 perdeu toda graça me relacionar com homem, fico tão xoxa que nem gozo as vezes. Mas nunca tive coragem alguma de tentar experimentar com uma mulher.

Ayla: O Emily, aquele pretinho que tava conversando contigo na hora que eu cheguei.- Olhei pra ela.- Qual o nome dele?

Emily: Caio...- Falei puxando o canudo.- Caio Souza.

Cauany: Ele é lindo mesmo.- Falou e nós três estávamos olhando pra ele que saia do banheiro.

Óbvio que o nome do lindo não era Caio, mas namoral, ninguém nem sabia o nome verdadeiro dele pra começar. A única coisa que tinha era o vulgo Ramalho, mas todo mundo já sabe que não é real, tudo fachada. E Caio é o nome na qual ele se apresenta pra todo mundo.

Eu praticamente acho o Ramalho inteligente pra caralho, o garoto pode até ser presidente do país e lidar com o tráfico que vai ser fácil pra ela. Se fosse comigo, na primeira oportunidade já tava todo mundo sabendo meu nome, sobrenome, nome dos pais, cachorros, todos os crimes que cometi. Mas ele não, nem se quer o nome verdadeiro geral sabe.

Ayla: E aquele outro ali? - Olhei pra ela que apontou discretamente pro Pt, que dançava ao lado do Art, que quando viu a gente olhando falou pro Pt que passou a mão no cabelo e colocou as mãos na cintura, olhando pra gente e eu ri.

Emily: O mais gente boa e engraçado, conhecido pela emoção.- Sorri.

Ayla: Mas o nome? Ele me olha com cara de bobo desde que eu cheguei.- Neguei com a cabeça rindo.

Dei os ombros ficando calada na minha e acabei me levantando dali pra ir pegar mais bebida, quando passei pelos meninos, Art me puxou me abraçando e me girando.

Art: Em homenagem a Emily, Pt vai lançar o passinho aí.- Falou rindo e o Pt me encarou sério.

Emily: Qual foi, bofe? - Falei debochada colocando as mãos na cintura.

Pt: Ela quer meu whats, né? - Eu gaitei alto, Art começou a rir e Pt coçou a cabeça.

Emily: Perguntou seu nome, gato. Mas namoral, ela não perguntou porque quer te beijar não, eu senti a intenção e num foi essa não.

Pt: Beleza, ela tem fetiche em transar comigo algemado.- Dei um tapa nele e ele me puxou, dançando comigo.

Fiquei brincando ali com eles e depois fui falar com o resto da galera, deu seis horas da manhã e eu já tava morta de cansada, tinha quase ninguém na festa e eu bati com o Ramalho.

Emily: Quer transar comigo? - Ele parou de andar, me olhou e puxou meu braço.

Jv: Bora pra casa, tá altinha demais já.- Eu neguei, me soltando dele.

Emily: Tô falando sério, é pra uma pesquisa.- Passei a mão na testa.- As negas são malucas por você, então cê deve foder bem.

Jv: Menor Art e Pt que são os pirocudos.- Balançou a cabeça.

Emily: Art é casado, Pt tá mais bêbado que tudo. Você é meu amigo, nada mais que broderagem.- Falei tomando minha água.

Ramalho balançou a cabeça e eu fui puxando ele pro quarto, passamos pela Cauany e Ayla que estavam indo embora e elas olharam pra gente, Cauany me encarou até mas a gente subiu pro quarto. Ramalho me olhou com tédio e eu fui na fé de deus.

Coração vagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora