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Ayla 🥀

E lá estava a Ayla, caindo no conto de um filho da puta novamente, eu não acreditava que eu tava ficando apaixonadinha por um homem, ele era homem.

Mas quem disse que eu largava, mesmo percebendo que já estava fodida?! Eu estava com a cabeça no ombro dele é estava com meu corpo de lado, na frente do dele que estava de certa forma me abraçando.

Tínhamos visto o dia amanhecer ali, conversamos um pouco mas ficamos maioria do tempo calados apenas olhando a vista. Fui olhar a hora no meu celular e vi que estava descarregado, fiz careta e levantei minha cabeça coçando o olho.

Jv: Meter o pé? - Falou se afastando.

Concordei com a cabeça e ele se levantou, fiquei uns minutos tentando raciocinar porque estava com sono e ele me puxou, foi me arrastando até a moto e eu comprei uma água pra mim, ele não quis e eu tomei tudo, joguei no lixo e subi na moto. Ele me deixou na frente do meu condomínio e eu desci segurando nele, eu ia beijar ele mas bateu um puta vergonha e ele virou a cara, passando a mão no pescoço.

Eu ri entrando por ali e fui subindo, tomei um bom banho quente, fiz um café e pelo visto estava sozinha, paguei meu notebook e todas as informações e tudo que eu tinha relacionado ao traficante Ramalho.

Eu já tinha passado muito tempo parada desde que tudo aconteceu e eu sei que se eu parasse por dois minutos pra tentar resolver algo do quebra cabeça, ia dar certo pra mim. Alguma coisa tocou na minha cabeça hoje e eu estava lá, as seis da manhã lendo e relendo sobre tudo, não deixando passar cada letrinha e anotando tudo necessário e desnecessário.

Fui lendo as coisas e não deixando passar absolutamente nada, fui fazendo uma guia pra mim mesma com todas informações, tinha o nome de todos os morros comandados pelo homem na palma da mão, eu só precisava ser inteligente o suficiente pra escolher o lugar certo, mas isso não ia ser nada fácil quando você está a cegas.

Coração vagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora