João Victor. 💸
Tava trocando ideia com o Art tinha maior cota já, tanto que quando eu saí vi que a alemã tinha mandando mensagem quase uma hora atrás, estranhei a pergunta dela e eu num tava afim de transar hoje.
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Jv: Pô, qual foi? (01h02)
Ayla: Nada, nem tinha visto isso. Cauany tava com meu celular, provavelmente foi ela. (01h26)
Jv: Fala logo aí, tô ligado que foi tu. (01h29)
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Ela saiu do bagulho e eu neguei com a cabeça, liguei a televisão colocando um filme maneirin e fiquei marolando ali, quando o filme acabou fiquei procurando o que fazer e peguei o celular, entrei na conversa com a Ayla que tava online e perguntei se ela queria dar um rolê, aproveitar que ela tava acordada e era a primeira mulher que tava aparecendo ali.
Pagou de louca a garota, demorou maior tempão pra responder, mas falou que sim. Me trajei e avisei ela que tava indo, sai no sapatinho e cheguei na porta do condomínio dela, ela tava comendo Doritos de moletom e uma calça preta, ela se aproximou e eu encarei ela.
Ayla: Vai me levar pra onde? - Falou balançando a cabeça.
Jv: Que que tu queria quando falou comigo? - Ela riu.
Ayla: Tá bobo, né?! Fui eu não, amigo.
Jv: Tem certeza? - Ayla riu de lado e eu neguei com a cabeça.
Ayla: Beleza, quer me levar pra conhecer o morro? - Encarei ela serinho.- Na paz.
Jv: Papo reto? Confio não.- Falei na real.- Fala outro lugar ai.
Ayla: Mas por que não? - Eu desliguei a moto.
Jv: Porque se tu fizer qualquer parada depois de conhecer lá, quem é jogado na boca do lobo sou eu.- Falei balançando a cabeça.
Ayla: Mas eu já conheço, sei cada cantinho dali. Mas apenas eu nunca parei pra observar como é aquilo sem estar nas condições que eu sempre estava...
Jv: Sabe qual é teu vulgo? Alemã safada.- Ela riu jogando a cabeça pra trás.- Pô, da não.
Ayla: Então vamo descer pra praia.- Falou balançando a cabeça.
Jv: Tá afim de chegar no arpoador? - Ela sorriu, confirmando.
Ayla subiu na moto e eu dei fim pra onde a gente ia, tinha alta galera espalhada por ali, só maconheiro e drogado, entrei uma parte maneirinha e a gente sentou, ela se encolheu com frio e eu tirei o cigarro do bolso, maconha na vez.
Ayla: Ah, não acredito que vou ser obrigada a sentir isso.- Falou com deboche.
Jv: Prova, otaria.- Falei acendendo e estiquei pra ela, que negou.- Vai morrer não pô, deixa de caô.
Ela ficou negando até pegar da minha mão, ela puxou e soltou sem complicação, coloquei no meu bico e neguei com a cabeça.
Ayla: Eu vou morrer de frio, sério.
Jv: Pega que esquenta.- Ela riu pegando a maconha da minha mão.
Fiquei fumando com ela até o bagulho acabar, ela se encolheu e eu meti a mão no cabelo dela, puxando pro meio das minhas pernas, tava com frio também. Ela ficou reclamando do cabelo e eu nem dei atenção, um tempinho ela virou o rosto e começou a me beijar.
Fiquei beijando ela enquanto tava com a mão na nuca dela e ela com a mão apoiada na minha perna. Tempo depois virei o rosto e fiquei olhando os bagulhos, até ela começar a falar as paradas e a gente conversar.
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Coração vagabundo
Teen FictionDois mundos diferentes, duas vidas, ou melhor, dois opostos. A vida é meio louca e a gente nunca sabe o que tá escrito, mas em meio de tanta opção, tem aquele ditado que diz que sempre escolhemos a mais difícil e complicada de lidar.