Ayla 🥀
Passei o dia olhando lugares e procurando algo que me agrade, achei um super bonitinho, mais o menos perto da Rocinha e preço ótimo. Liguei pro João já que ele que ia resolver essas coisas, como ele disse, mas ele não atendeu. Liguei umas quatro vezes e nada, fiquei meio preocupada e mandei mensagem pra Emily, mas nem chegou lá.
Então eu jantei com o Diego, deixei meu carro na garagem dele, já que não conseguia subir com meu carro no morro e ele foi me deixar em casa, assim que eu desci maioria dos meninos dali me olharam e eu estranhei, porque tava uma super movimentação.
- Bora, atividade aí.- Falou vindo pra perto de mim e eu me afastei.
Ayla: Quem é você? - Falei vendo os outros meninos se aproximando.
- Ramalho mandou subir contigo, bagulho não tá bom pra tu ficar de gracinha aqui pra baixo não.- Falou tentando me puxar de novo.
Ayla: Como eu vou saber que você tá falando a verdade, eu ein...- Eles me olharam impaciente.
- Ramalho mandou falar algum bagulho sobre te descer na porrada se tu fizer algum bagulho com o Matheus.- Eu revirei os olhos e entendi que realmente era ele.
Diego: Tem certeza que vai ficar, Ayla? - Falou me olhando e eu concordei.
Fui subindo com os meninos que estavam fazendo proteção em volta a mim, me levaram pra casa do João Victor e eu me assustei com a Emily costurando o braço dele e ele todo sujo de sangue.
Jv: Finalmente, garota. Tá achando que o bagulho tá de graça pra ficar de rolê? - Falou alto e grosso, olhei pra ele sem entender e coloquei as coisas em cima do sofá, vendo os meninos saindo.- Valeu ai.
Ayla: Você sabe muito bem o que eu estava fazendo. O que aconteceu? - Me sentei ao lado dele.
Emily: Invasão dos alemão.- Falou baixo, olhando pro João.- Vai doer bastante, viu?!
Ele balançou a cabeça desviando o olhar e eu coloquei a mão por cima da dele, João deitou a cabeça no sofá e eu encostei a cabeça no ombro dele.
Ayla: Não entendi sua ameaça usando o nome do Gustavo.- Brinquei, vendo ele me olhar, estávamos com o rosto bem próximo.
Jv: Será que assim tenho uma desculpa pra te descer altos pescoção? - Falou com a voz rouca.
Ayla: Vamo 10 minutos de mão a mão.- Falei vendo a Emily puxar a bala de uma vez e ele fechou os olhos, apertando minha mão.- Viu que você não aguenta nem uma bala.
Emily: Verdade.- Murmurou limpando.
Jv: Vai brincando mesmo.- Eu sorri dando um selinho nele e me levantei, vendo ele virar o rosto.
Fui pro quarto colocando minhas coisas e entrei no banheiro, passei um bom tempo tomando banho, quando sair o João foi entrando, me sentei na cama e fiquei olhando meu celular enrolado na toalha.
Ayla: Tá doendo muito? - Falei colocando o celular em cima da minha perna e olhei pra ele, que saia do banheiro.
Jv: Dá pra aturar.- Fiz careta.- Aí papo reto, esquece esse caô de querer ir morar longe de mim, tô nem ai se tu não gosta, tu vai ficar Por aqui.
Ayla: Não, achei um apartamento bonitinho e aqui perto.- Falei olhando ele se vestir.
Jv: Não quero saber, tu vai ficar aqui, Ayla.- Eu sorri de lado.
Ayla: Não vou não, mô.- Ele veio pra minha frente, me olhando.- Todo mundo que me conhece aqui me olha com olhar de ódio, não dá, eu tô falando sério.
Jv: Quem tá te dando o papo sou eu, tu fica aqui.- Sentou do meu lado e eu peguei as coisas, pra fazer o curativo.
Ayla: Não quero atrapalhar suas coisas, nem que você brigue com a galera do morro por mim. Você também tem suas putas pra trazer pra casa, não é legal eu ficar.- Ele me olhou de lado.
Jv: Vou repetir pela última vez, tu vai ficar porque eu quero que tu fique.- Fiz o curativo e olhei pra ele, limpando minhas mãos.
Ayla: Fiquei preocupada com você hoje, achei que tinha acontecido algo.- Passei a mão no rosto dele e ele virou, me olhando.- Logo, pensei em assumir e morro e pacificar.
Jv: Papo reto, alemã? Evita falar essas paradas, porque eu te desço a porrada na próxima.- Falou e mesmo sem demonstrar, vi chateação nele.
Ayla: Não teria coragem.- Falei passando o polegar em sua bochecha.- Estou gostando de você.- Olhei nos olhos dele.- Sei que você sente o mesmo.
Jv: Ih, viajou. Como é pô, virou vidente?
Ayla: Você tenta parecer tão desinteressado, que acaba sendo um desesperado e demonstrando que se importa demais comigo.
Jv: É porque tu carrega meu menino, Ayla. Não tô nem ai pra o que tu quiser fazer depois de ter meu filho, a vida é tua! Só o que me importa é ele.- Falou em um tom sério.
Ayla: Você tem certeza disso? - Parei de fazer carinho no rosto dele, ajeitando minha postura e olhando pra ele.
Jv: Cê tá ligada que não...- Eu revirei os olhos.- Pô, num acredita mais em nada que eu falo?
Ayla: Otário, eu sinto tudo.- Sorri de lado.- Você fica feliz quando tá comigo, eu sinto isso.
Jv me olhou de lado fazendo cara de desinteresse e eu ri, abraçando ele de lado, João beijou minha cabeça e eu deitei a cabeça no ombro dele, sua mão foi parar na minha coxa e a gente ficou ali por um tempo.
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Coração vagabundo
Teen FictionDois mundos diferentes, duas vidas, ou melhor, dois opostos. A vida é meio louca e a gente nunca sabe o que tá escrito, mas em meio de tanta opção, tem aquele ditado que diz que sempre escolhemos a mais difícil e complicada de lidar.