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Ayla 🥀

Acordei cedinho, tava nessa vontade. João Victor ainda estava dormindo e eu me levantei com cuidado, tomei um banho e fui abrindo a porta de trás, que levou pro quintal. Peguei uma cadeira, coloquei no sol e me sentei, com a blusa levantada e fiquei tomando sol na barriga. Maior tempão depois, João Victor apareceu.

Jv: Já comeu? - Coloquei a mão na testa pra cobrir o sol e neguei.- Levanta aí pra comer.

Ayla: Bom dia.- Falei revirando os olhos e colocando a cadeira no lugar.

Jv: Que horas é o médico lá? - Falou andando na minha frente e eu me sentei.

Ayla: Uma da tarde, de lá cê me deixa lá no condomínio. Vou pegar algumas coisas que ainda ficaram e pegar meu carro, depois vou olhar uns apartamentos por aí.

Jv: Não é pra tu tá andando sozinha, se tu passar mal, Ayla?

Ayla: Eu não vou sozinha, vou com o Diego.- Falei pegando o pão e ele me olhou de lado.- A gente tem algo?

Jv: Nosso filho.- Concordei com a cabeça.- Qual nome, pô? Sei lá, pensa aí.

Ayla: Paulo.- Ele me encarou.

Jv: Bagulho de ter pau no nome, tá maluca? - Eu ri.- Sei lá pô, um Matheus, Gustavo, Hugo, Rafael...

Ayla: Hugo Rafael...- Ele me olhou novamente.

Jv: Tem duas crianças? Não. Então só tem um nome.- Revirei os olhos.- Matheus.

Ayla: Gustavo, bê.- Sorri.

Jv: Filho é meu e eu chamo de Matheus.

Ayla: Quem sente a dor sou eu, portanto todos chamam de Gustavo.- Mandei beijo.- O que vamos almoçar?

Jv: Sei lá cara, não almoço não. A gente procura um lugar ai.

Concordei com a cabeça enchendo o a barriga de comida e depois eu lavei a louça, depois fiquei assistindo e foi o tempo dele sair e voltar com uma quentinha que tava cheirando bem demais.

Jv: Pô, por que tu não fica aqui pelo morro mermo? - Neguei.

Ayla: Não é um lugar que eu me sinta confortável.

Jv: Tadinha da garota, nosso pivete vai crescer no meio disso tudo.- Olhei pra ele.- Tá achando que ele vai ser chato e mimado igual a mãe?

Ayla: Vou desconsiderar sua fala.- Falei colocando a comida no prato.

Jv: E se eu comprar um apartamento pra tu? - Neguei.- No caso, pra meu filho. Tu fica morando esse tempo, quando ele fizer 18 já tem uma casa e pá.

Ayla: Fora do morro? Vou pensar.- Murmurei.

Jv: Eu tô ligado que tu não tá ganhando teu sustento, então fica suave aí nessa ideia por enquanto. Compro o bagulho, fica no teu nome até o Matheus poder assumir.

Ayla: Gustavo.- Falei dando tapinha nele e eu ri.

A gente sentou pra almoçar e eu perguntei se ele ia comigo, quando eu expliquei pra que era a consulta, ele ficou sem vontade, mas depois mudou de ideia dizendo que ia pra me colocar na linha, palhaço demais.

Coração vagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora