último capítulo.

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Cinco anos depois...

João Victor 💸

Puxei o Gustavo pelo braço vendo ele chorando e joguei meu cigarro no chão, pegando ele no colo. Pô, a mulher ia me matar vendo esse garoto machucado, é uma guerra que só comigo, papo reto.

Eu tava bem suave na minha e ela foi trabalhar e eu ficava com o Gustavo nos sábados que ela ia trabalhar metade do dia e não tinha escola pra ele, já era certo. Aí lá tava eu, trouxe meu menor pra boca e ele tava jogando bola com os outros menor quando ele caiu e ralou metade do joelho no chão, começou o escândalo.

Pt: Quer dinheiro, Gustavo? - Falou do meu lado tentando fazer ele parar de chorar e o Gustavo negou, colocando a cabeça no meu pescoço.- Ih, foi foda. Não quer nem dinheiro.

Peguei meu celular vendo que a Ayla já tinha mandando mensagem dizendo que chegou e eu desci com o Gustavo assim mermo pra casa, abrir a porta com ele choramingando e Ayla tava sentada na mesa comendo.

Gustavo: Mamãe...- Fez logo a manha, Ayla levantou preocupada e eu neguei com a cabeça.

Ayla: O que cê fez? - Olhou pra mim e eu olhei feio pra ela, colocando o Gustavo no colo dela.- Que foi, meu bem?

Jv: Foi jogar bola e caiu pô, normal. Pique jogador mermo, só tá doendo aí o bagulho, tem que lavar.- Ayla balançou a cabeça olhando pra ele.

Ayla: É né filho, normal se machucar brincando né.- Falou sentando na cadeira com ele.- Fica aqui com a mãe que jaja te dou banho, vou só terminar de comer. Tá com fome?

Ele negou e pediu pra ver desenho todo manhoso, Ayla pediu meu celular porque o dela tava descarregado e eu dei na mão dele, que já foi com o dedinho nervoso.

Jv: E aí, patroa.- Beijei a cabeça dela, passando a mão no cabelo.- Vai querer ir pra algum lugar hoje?

Ayla: Cansada né, mas a gente pode ir lanchar de noite.- Balancei a cabeça.

A gente já tinha um combinado feito, porque a Ayla não curtia baile e eu me amarrava, ai antes a gente brigava pra caralho por causa disso, eu sempre ia e ela ficava puta. Acabou que eu passei maior tempo sem ir e tava bolado com isso, ai a gente combinou direitinho.

No sábado eu vou pro baile e ela fica com o Gustavo, no domingo ela saí com alguma amiga dela e eu fico com o gato. Mas aí, o bagulho é que eu vou um final de semana e o outro não, aí a gente sempre sai juntos no sábado ou no domingo que eu não vou.

No começo não queria esse bagulho dela tá saindo sem mim não, tem nem lógica. Aí ela fez a cabeça, fez greve de bucetada e eu tive que aceitar calado, como sempre, mulher só maltrata.

Me sentei por dois minutos na mesa e ela começou a fofoca de todos os dias e eu tinha que escutar e ainda comentar, mulher tudo fofoqueira papo reto!

Ela foi da banho do Gustavo e eu joguei os bagulhos sujos na pia, tomei banho também e me vesti, vendo o Gustavo pulando na cama enquanto ela arrumava ele.

Ayla: Vai sair? - Olhei pra ela negando.

Jv: Por que? - Ela deu os ombros.

Ayla: Hora de dar um cochilo da tarde ne, meu bem.- Falou pro Gustavo que se jogou na cama e eu me joguei do lado dele.

Jv: Quando ela dormir nós mete o pé pra pegar uma gatinhas.- sussurei pra ele que riu e a Ayla escutou, me dando um tapa.

Ela foi tomar banho e eu fiquei com o Gustavo, até o celular da Ayla tocar, era a Emily. Ela desligou quando eu atendi sem nem falar nada mas tinha várias mensagens dela. Entrei no whats e era ela chamando pra ir pra festa na casa dela, gritei perguntando se a Ayla queria ir e ela não negou.

Depois que a Emily tinha fechado de vez com o menor Xt, eles fazem festa todo final de semana, menor se acha rico né pô. Pt também, tá fechado com a gata da zona sul, veio até morar com ele, Art é outro, mas continua na mesma. Tinha até parado de trair a Ana, mas voltou e continua na cachorada, só que tudo no sigilo máximo.

A Cauany sumiu do mapa, meu irmão também né pô, mas isso mas maior cota, sempre que eu preciso eu arrumo um jeito de falar com ele e ele me salva, pelo menos nisso tá suave.

Arrumei o Gustavo pra sair e esperei pela Ayla, a gente subiu andando mesmo e chegou lá, Gustavo já foi animado correr pra perto da galera, nem parecia que tava machucado.

A gente passou o resto do dia por lá, Quando a Ayla ficou chatinha, veio pros meus braços e ficou deitada no meu peito enquanto a gente olhava Gustavo brincar com as crianças da rua, beijei a cabeça dela e ela sorriu.

Ayla: Quem diria né...- Sorriu passando o polegar na minha mão.- Sempre fico boba lembrando de tudo que a gente já passou e hoje tá assim.

Jv: Tava escrito né pô, sabe como é...- Ela riu.- Falta só uma pretinha agora né? Nossa gatinha vem nunca?

Ayla: Vou pensar no seu caso...- Riu.- Sabe como é né? Um gatinha e um ano fora do tráfico, né?

Jv: Para de ser malandra.- Ela gargalhou.- Uma filha e fico mais afastado dos oito meses até o primeiro ano.

Ayla: Olha, tá começando a melhorar.- Falou sorrindo e virou pra mim.

Sorri de lado pra ela e ela me beijou, deu nem tempo de animar porque o Gustavo veio correndo pra chamar a gente querendo mostrar que o Pt tava dando cambalhota bêbado no chão. Eu ri e a Ayla me arrastou pra perto da galera pra ver a palhaçada...

Olhei pro lado vendo ela sorrir igual criança e sorri de também, muito bagulho tinha mudado na minha vida depois dela. Aprendi altas coisas que mermo passando anos sozinho, a vida num ensinou, aprendi principalmente que amar é um bagulho bom, quando é com a pessoa certa e pô, boto fé que ela é a minha pessoa certa, sem erro, sem caô, a mulher pro resto da minha vida.

Vagabundo muda quando ama, tá maluco? Fiz coisas que batia o pé dizendo que nunca ia fazer, mas quem disse que dá pra ser assim? A maluca chega, bota moral e papo reto, melhor abrir mão de algumas coisas do que ter que abrir mão dela algum dia! Sou amarradão nessa garota pô, além de alemã safada é uma macumbeira das brabas!!

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Fim 💖💖

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⏰ Última atualização: Sep 10, 2020 ⏰

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