Coração vagabundo

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João Victor 💸

Acordei cedo e meti o pé pra boca, passei a manhã resolvendo as coisas e voltei pra casa duas horas da tarde com a Ayla me ligando, nem atendi porque já tava entrando em casa e já ouvi ela me xingando sem nem ter me visto entrar em casa.

Jv: Qual o b.o pra tá nesse estresse essas horas? - Ela jogou a almofada em mim e eu percebi que ela tava arrumada.- Vai sair?

Ayla: Sim, João. Liguei pra avisar que vou pegar meu carro com o Diego e ficar na praia um pouco com ele.- Eu comecei a rir na hora.

Jv: Tá vendo essa porta aqui? - Apontei.- Tu num passa dela.

Ayla: Vai me estressar? - Cruzei os braços.

Jv: Tu não é nem maluca, Ayla. Primeiro que tu tá nos últimos dias da gravidez e eu não quero ninguém contigo quando o Gustavo for nascer, só eu, porque esse é um bagulho nosso. Num tem pra que tu ir pra praia com o cara, sendo que teu marido sou eu! Quer ir pra na praia? A gente vai agora, só vou tomar um banho.

Ayla: Sim, marido meu.- Debochou.- Ainda tenho que pegar meu carro que tá com ele, porra.

Jv: Tu nem pode dirigir, tá achando que eu sou palhaço, Ayla? - Falei um pouco mais alto.

Ayla: Tá gritando por que, João? - Falou mais alto que eu e eu encarei ela sem entender.

Jv: Não se estressa, tô falando o bagulho e pronto, acabou.- Ela passou a mão no rosto.

Ayla: Diego é meu amigo, faz meses que eu não vejo ele. Ele vem me buscar, a gente vai à praia e ele vem me deixar aqui, pra voltar de uber.- Explicou e eu continuei de cara fechada.

Jv: Papo reto? Fica em casa, Ayla. Quer ver ele? Manda ele vim aqui pô, eu pago o uber pra ele voltar se quiser, não tem necessidade de vocês irem pra praia, eu tô falando pô.

Ela fechou a cara pro meu lado e eu perdi a paciência, virei o rosto saindo dali e fui tomar banho pra esfriar a cabeça, se a Ayla saísse eu ia nem olhar mais dela, papo reto. Bagulho chato, cabeça dura do caralho.