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João Victor 💸

A semana passou corrida, tava quieto na minha o máximo possível, só tava botando a cara pra resolver o necessário e evitando falar com qualquer pessoa, nem no celular eu pegava direito.

Quem sabia encher minha mente toda hora era a Emily, todo dia a garota falava que eu tava surtando e ia morrer longe dela, aquelas coisas de maluco. Hoje era sexta, tava nem afim de piar no baile, quando bateram na porta. Por puro milagre papo reto, os maluco que brota aqui sempre abre a porta na cara dura mermo, a casa é mais deles do que minha.

Emily: Olá.- Me olhou.

Jv: Te fuder, tá batendo na porta por quê?

Emily: A casa num é minha.- Falou entrando.- Vim te fazer um convite.

Jv: Tá suave contigo? - Ela concordou com a cabeça, sentou e eu fechei a porta.

Emily: Hoje é aniversário da Cauany.- Dei os ombros.- Ela mandou convite pra você, mas como ela não conhece os meninos foi só pra nós dois. Eu queria ir, mas não quero ir sozinha.

Jv: Tô afim não.- Falei pegando o convite da mão dela.

Emily: Tem certeza? - Falou manhosa.- Se eu te falar que eu marquei de encontrar uma menina lá, você vai?!

Jv: Quem? - Ela sorriu.

Emily: Carla, ela é amiga dessa galera e eu acabei conhecendo ela. Aí a gente vai se ver hoje, sabe...- Respirei fundo.- Vamos?

Jv: Num vou ficar muito tempo não.- Emily sorriu.

Emily: Você tá bem? - Balancei a cabeça.- Tem certeza mesmo?

Jv: Que horas vou te buscar, pô? - Falei olhando o relógio.

Ela falou o bagulho e eu mandei ela meter o pé, fiquei marolando ali maior tempo até dar a hora. Tomei um banho, me trajei e fui buscar ela, ela me giou até o bagulho e a gente entrou.

Casa de festas, parada mó organizada  e pá. Quando a gente entrou fui com ela ate a Cauany que conversava com a Ayla e outro moleque, encarei geral e elas olharam pra mim, Emily abraçou ela e eu só balancei a cabeça.

Olhei pra Ayla que me olhou e mexeu os braços, fiquei naquela e ela desviou o olhar, olhando pro moleque. Sai dali indo pegar bebida e fiquei de longe vendo a Emily conversando com a nega, gostosinha até pô. Como sempre, a alemãzinha veio pegar bebida do meu lado mas nem falou nada comigo, chutei a perna dela e ela me encarou feio.

Ayla: Vou chutar tua bunda.- Falou me olhando por cima do ombro e eu sorri de lado.

Jv: Olha só pô, tá se achando.- Ela riu.

Ayla: Sumido você, né amigo?!

Jv: Tô no mermo lugar, só procurar que acha.

Ayla: Só não sei se é verdade porque esses últimos dias eu não desci pra praia.- Falou sentando na minha frente.

Jv: Praia eu num fui também, mas tô sempre na ativa aí.

Ayla: Enjoei de praia e de você.- Encarei ela, balançando a cabeça e ela me encarando sorrindo de lado.- Senso de humor fugiu?

Jv: Boto fé que foi.- Ela deu os ombros.

Ayla: Você quer ir pra algum lugar, mais tarde? Sem ser praia, não dá.

Jv: E tu quer ir pra onde?

Ayla: Conheço um bar legal que tá aberto hoje de madrugada.- Balancei a cabeça.

Jv: Então jae pô, mas tô afim de meter o pé tarde não, no máximo duas da manhã.

Ela balançou a cabeça se levantando e eu fui olhando pra bunda dela até ela sumir de vista, olhei meu relógio vendo que eram meia noite agora e fiquei na minha olhando os bagulhos ali.

Coração vagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora