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três semanas depois.

João Victor 💸

Eu tava no vôo de volta pro Brasil, tinha vindo pro Paraguai resolver a porra toda que precisava de mim, tinha passado essas três semanas distante de geral, falei com a Ayla um ou dois dias e fim.

Mas no final, hoje eu pedi pra ela ir me esperar lá em casa, pegar a chave com o porteiro. Eu Saí do aeroporto, fui no morro atualizando tudo e fiquei um tempinho lá, até a Ayla me mandar mensagem perguntando se eu já tava chegando.

Emily: Cê deveria dormir por aqui hoje, saudades de conversar com você.- Falou manhosa.

Jv: Dorme com uma foto minha pô, merma coisa.- Ela me encarou feio.- Amanhã eu broto.

Pt: Cuidado aí, irmão.- Bateu na minha cabeça.

Subi na moto metendo o pé pra casa, tinha deixado meus bagulhos na casa do morro e fui pro apartamento. Eu subi procurando a chave no bolso e achei, abrindo a porta.

Jv: Porra, era pra assustar carai? - Falei olhando a cara dela, parecia que a garota não dormia a maior cota.

Ayla: Demorou...- Dei os ombros indo pra cozinha e ela levantou.

Jv: Fui no morro antes.- Falei pegando uma água e virei, quando eu olhei pra trás, a Ayla estava ali segurando uma arma apontando pra mim, olhei nos olhos dela e vi ódio purin.

Ayla: Deve ter sido fácil mentir pra mim né? Cê deve ser tão bom ator, que até me fez acreditar que você sentia algo por mim, estou impressionada.

Jv: Não tô entendendo.- Falei colocando a garrafa de água na bancada e ela gritou.

Ayla: Levanta as mãos.- Gritou, destravando a arma.- João Victor de Souza Ramalho, você está preso por inúmeros crimes.

Jv: Como tu descobriu? - Falei sem emoção nenhuma, encarando ela.

Ayla: A parte mais fácil foi sua assinatura surgir, esse apartamento no nome da Emily. Aí eu pensei, parei pra pensar né, mas por quê? - Falou com a voz tremendo de ódio.- Por que o apartamento que o Caio mora e é um dos apartamentos ligados ao tráfico, está no nome da Emily?

Jv: Porque é um presente pra ela, pô.- Ayla puxou o gatilho, acertando meu ombro de raspão e eu coloquei a mão.

Ayla: Chega aos ouvidos que o Ramalho tá movendo o tráfico no Paraguai e estranhamente, você some.- Continuou gritando.- Eu sou tão burra, tava tudo bem aqui, na minha mão. Mas eu me deixei levar, você tem uma ótima lábia, João Victor.

Jv: Foi real, Ayla. O sentimento é real, não ia arriscar tudo se o sentimento não fosse real.- Vi ela continuar a me olhar com ódio.- Mas sabe o que é foda? Que nem sempre a gente pode ter tudo que quer.

Ayla: Coloca as mãos pra trás.- Gritou se aproximando.

Em um piscar de olhos, tirei a arma das parte de trás da bermuda e atirei na coxa dela, ela puxou o gatilho enquanto caia no chão e acertou o teto, sai correndo e chutei a arma da mão dela.

Respirei fundo descendo as escadas e quando tava na saída, vi que tava tudo trancado pela polícia. Soltei o ar nervoso, era a primeira vez que eu tinha caído e eu tinha caído de todo meu reinado por conta do caralho de uma mulher!

Coração vagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora