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Ayla 🥀

Eu estava tranquila e calma, nada de diferente a não ser minha xota ardendo desde ontem e minha bunda mais vermelha que camarão, tudo sob o mero controle.

Agora eu estava terminando de ajeitar minha farda para irmos à uma operação, recebemos a informação que um carregamento de cocaína iria chegar pelo Rio, saímos nos carros direto para rodoviária, nos separamos e ficamos procurando, passamos a tarde toda procurando e nada. Missão falha, voltamos pro batalhão e o Rodrigo tava puto com geral, porque pra uma operação dessas da errado, a única lógica é alguém ser o x9.

Ele tava gritando com geral e tava todo mundo calado, ninguém nem se quer dava opinião, inclusive eu. Até que ele começou a me olhar e insinuar coisas, como o fato de eu estar me aproximando do Pt, óbvio que ele não falou diretamente, mas me olhou e falou sinônimos. Quando tudo acabou, fui tirar satisfação com ele.

Ayla: Senhor, eu não estou entendendo por que você pareceu se referir a mim.- Coloquei as mãos pra trás, vendo ele me encarar.

Rodrigo: Só acho destino demais, nunca perdemos carga desse porte! Até você começar a se aproximar desse traficante, quem garante que você não passou a informação pra conseguir confiança?

Ayla: Eu sou fiel  ao que faço.- Olhei não olhos dele.- O senhor não tem o direito de insinuar coisas assim pra mim, sem prova alguma.

Rodrigo: Só fique esperta! - Apontou pra porta.

Respirei fundo saindo dali e fui pro vestiário, troquei de roupa e peguei minhas coisas, indo pro meu carro. Passei meia hora ali dentro pensando em alguma coisa, no estacionamento do batalhão. 

Quando peguei meu celular, ele tava ligando e desligando a tela. Eu não conseguia mexer nem nada, ele só ficava piscando. Tentei mexer em alguma coisa e nada ia, respirei totalmente impaciente e sai dali o mais rápido que pude, indo pra o homem que ajeitava meu celular sempre que precisava.

Coração vagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora