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Ayla 🥀

Era perceptível como o João tava se esforçando pra aprender tudo, era lindo demais de olhar isso. Mesmo cheio de marra, cara fechada e pose que só ele tem, olhava por cada detalhe e fazia tudo com cuidado.

O celular dele que estava do meu lado estava vibrando o tempo todo, eu resolvi pegar e olhar, me estiquei. Mas eu não sabia a senha, acho que nunca teve precisão disso, assim como ele não sabia do meu. Na maioria das vezes que iríamos usar o celular um do outro, já entregamos desbloqueado sem esse caô todo.

Ayla: Qual a senha do seu celular? - Ele me olhou de lado, mas logo desviou, tava colocando a fralda no Gustavo como se fosse uma missão impossível, enquanto a Emily olhava aquilo querendo rir.

Jv: Pra que? - Falou um tempo depois.

Ayla: Queria olhar, curiosidade.- Ele negou com a cabeça e eu olhei pra ele.

Eles terminaram de ajeitar o Gustavo e Emily ficou mais um tempinho conversando comigo, me ajudou a tomar banho e me arrumou, Jv pediu comida e a gente jantou junto, ela logo foi embora e eu fiquei assistindo televisão no quarto, até ele entrar, depois de ter ido colocar as coisas na cozinha.

Jv: Pt, Art e as mulheres deles querem vim aqui, e aí? - Falou se deitando do meu lado.

Ayla: Deixa pra amanhã, é melhor.- Falei concentrada na série.

Jv: Se liga.- Bateu na minha mão e eu olhei pro celular dele, que mostrava uma roupinha de bebê, bem bonita.

Ayla: Quem comprou? É linda.- Sorri.

Jv: Pt, o filho da puta já mandou umas quinze fotos de roupa, Art nem se fala, os dois tão competindo pra ser padrinho.- Eu neguei rindo.

Ayla: Amor, quem tava falando contigo naquela hora? - Perguntei calmamente, passando a mão entre o cabelo dele.

Jv: Umas negas e os menor.- Falou mandando mensagem pro Pt.

Ayla: Umas negas, João Victor? - Puxei o cabelo dele.

Jv: Vem não, vou te bater também, porra.- Se afastou.- Eu tenho culpa se elas que falam?

Ayla: Tem culpa se não bloqueia.- Olhei pra ele que deu os ombros.- Ainda mais que se responde.

Jv: Vai que a gente termine, vou ficar sozinho pô? - Encarei ele que riu.- Tô gastando, nega.

Ayla: Ok.- Virei a cara e ele continuou rindo, sentou do meu lado beijando meu rosto e eu fechei a cara.- Saí, tá me machucando.

Jv: Vai ficar bolada por causa disso? - Passou a mão no meu rosto e beijou, mas eu virei a cara.- Deixa de ser besta, maluca. Quem que eu falei que amo?

Ignorei ele e fiquei olhando pra televisão enquanto ele beijava meu pescoço quietinho, arrombado. Logo, ele pegou o celular de novo e ficou o tempo todo querendo me mostrar os vídeos de moto que ele achava super engraçado e eu fiquei debochando de tudo pra ele.

Coração vagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora