90

23.3K 2.1K 855
                                    

João Victor 💸

A semana foi passando rápido demais menor, bagulho era acordar toda hora de madrugada, nem conseguia dormir direito, papo reto. Ficava o tempo todo acordado e quando tentava dormir, Gustavo acordava.

Ayla tava diferente, mudou do nada comigo. Nem eu entendi namoral, já vi ela chorando sozinha, quando eu perguntei o que tava acontecendo, ela disfarçou e me ignorou. Até com o Gustavo ela tava meio distante, ficava olhando pra ele quando eu tava com ele, já escutei até ela pedindo desculpas pra ele, porém não sei pelo que.

Hoje era sexta e eu tava com maior saudades de um bailão, mas agora eu tava sentado na cama, com o Gustavo mas minhas pernas, zoando ele.

Jv: Quer o que? Eu pego lá, pô.- Falei vendo ela se levantar sozinha.

Ayla: Eu consigo ir, valeu.- Falou andando devagar.

Jv: Homem só sofre na mão de mulher, tá vendo pivete? - Falei baixo, balançando a mão dele.- De fuder esse bagulho.

Ayla voltou um tempo depois com uma garrafa de água e eu fiquei assistindo televisão, com o Gustavo no mesmo lugar. Até ele querer mamar, coloquei ele no colo dela e fiquei ali de boa, tava tudo quieto demais. Muita calmaria nunca é coisa boa e só foi isso pra começar, meu celular tocou e era o Art.

Art: Aí, pm tá vindo pesada pra cima de nós.- Me sentei na cama.

Jv: Por qual motivo, porra?

Art: E tem que ter motivo pra eles querer matar gente de morro? - Neguei com a cabeça.- Coloquei proteção na tua casa, acho que a mãe da tua mulher tá envolvida nisso, fiquei sabendo que eu e Pt tamo na mira deles.

Jv: Aí Arthur.- Olhei pra trás, vendo a Ayla olhando pro Gustavo.- Segura a barra aí, irmão? Não tem condições de eu sair agora pra ir brigar não.

Art: E quem disse que tu ia? Só tô te avisando, fica ligado. Tua cria tá aí agora, não é o momento de tu tá na rua não. Eu e o menor fica suave, qualquer coisa a gente troca ideia contigo, papo reto.

Ele desligou e eu me levantei fechando os bagulhos e deixando as portas e janelas protegidas de tudo, escutei o foguete voando no céu e entrei no quarto pegando minhas coisas e deixando todas separadas, enquanto sentir a Ayla me observar, quando parei e olhei pra ela, vi que ela chorava respirando fundo.

Coração vagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora