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João Victor 💸

Pt: Cadê a Ayla? Só ela pra parar a briga da Emily com a Ana Alice.- Falou assim que eu cheguei e eu fechei a cara mais ainda na hora.- Ue, já brigou?

Jv: Aí, fecha o bico.- Passei por ele indo me sentar e sentei do lado da Emily.

Emily: Cadê a...- Encarei ela na maior cara feia, ela fechou o bico na hora.

Ana: Oi João, cadê a mais nova mamãe? - A mulher do Paulo falou chegando na mesa e eu encarei ela, Emily riu e eu virei o rosto.

Jv: Parabéns, Ana.- Ela me olhou sem entender, mas agradeceu saindo.

Emily: Aí, você brigou com ela por causa de roupa? - Olhei pra ela que tava com o celular na mão.

Jv: Emily, vou te dar o soco do caralho se tu não ficar quieta.- Tava sem paciência nenhuma, papo reto.

Emily: Mas você sabe que a Ayla saiu sozinha e ela está grávida né? Fodasse a briga, mas você sabe que ela não pode se estressar, é sobre o bebê viu...- Olhei pra ela.- Mas vou me calar, depois você não fica chorando não ein.

Fiquei calado na minha e pensei, depois de maior tempão, sai de fininho e fui atrás da Ayla, cheguei na praia vendo ela no mesmo lugar de sempre sentada e encolhida na areia, fiquei observando ali mas depois fui pra perto dela.

Jv: Bora pro morro.- Ela se assustou, colocando a mão na cintura e depois me olhou, estranhei e ela revirou os olhos.- Tu tá de arma?

Ayla: Não, sei fingir bem.- Falou desviando o olhar.

Jv: Bora, Ayla.- Ela me ignorou.- Tu tá de caô com a minha cara, papo reto. Olha como tu tá, Ayla.

Ayla: Como eu estou, João Victor Ramalho? - Coloquei as mãos pra trás.

Jv: Quase sem roupa, olha os menor ali olhando desde que eu cheguei.- Apontei com a cabeça e ela nem olhou pra mim, nem pra eles.

Ayla: Qual o problema de eu estar quase sem roupa? Sou eu, corpo é meu, você não tem que se meter em nada disso. Muito menos usar essa boca suja pra colocar meu filho no meio como desculpa.

Jv: Nosso filho, alemã.- Me sentei do lado dela.- Pô, tu tinha uma vida antes, mas agora nós tá junto e altas coisas vão mudar pro teu lado.

Ayla: Tá ok, então a gente não precisa mais discutir sobre isso. A gente arruma a melhor forma para nós dois quando o bebê nascer, uma semana fica com um, outra com outro e vai reservando. Por enquanto eu vou morar no apartamento que eu vi, tudo certo? - Me olhou.

Jv: Como assim, pirou? - Falei sem entender e ela continuou me olhando seria.

Ayla: Não vou conviver com uma pessoa que não me respeita, acha que tem poder sobre mim. Não sei como foram seus relacionamentos passados, mas funciona diferente comigo, sabe? Você tem sua vida, eu tenho a minha, não mando em você, nem ao contrário. Se você pensa que não é assim, felizmente não vou perder meu tempo tentando mudar sua cabeça, se seu pensamento é que você pode mandar em mim, fique com ele, mas bem longe de mim.

Jv: Pô, se tu acha que é assim, jae. Eu só te pedi pra trocar uma roupa porque eu não ia ficar de boa vendo os moleques te olhando e tu quase nua pra eles, mas se era isso que tu queria, tá certo! - Ela riu.

Ayla: Eu poderia sair de calcinha e sutiã pra onde eu quisesse e me sentisse confortável. Namoral, teu pensamento é muito atrás do que deveria ser.- Se levantou.- Não tenta joguinho de querer entrar na minha mente, não funciona.

Jv: Aí, tu não me deu teu ponto de vista? Te dei o meu. Pra mim não custava nada tu trocar a roupa, tu quer fazer show, Ayla.- Ela concordou com a cabeça.

Ayla: Repetindo novamente, se o senhor pensa assim, eu não tenho o poder de mudar. Faça bom proveito dos seus pensamentos, tenho certeza que vai te levar pra frente.- Olhei pro mar e me levantei, vendo ela saindo.

Jv: Namoral Ayla, esquece essa porra de roupa.- Puxei o braço dela.- Vai se foder pô, toma no cu. Esquece o que eu falei e tu não gostou, namoral, namoral parceiro.- Ela me encarou.- Não deixa estragar o bagulho por caô pequeno assim.

Ayla: Eu aceitar essas "desculpas" - Fez aspas.- Não vai me fazer usar roupas mais longas, nem trocar quando você pedir. Não adianta, João Victor. Ou você aceita da forma que eu sou e sempre fui, ou não adianta de nadinha.

Respirei fundo e olhei pro lado, não botei fé que tava fazendo isso por mulher. Mas papo reto, num era qualquer mulher não e eu já tinha me ligado nisso. Bandido ia perder uma fiel de peito fácil?!

Jv: Jae.- Falei baixo, desviando o olhar e ela continuou firme na postura, marreta que só o caralho.

Ayla: Oi? - Soltou a mão da minha, se afastando e cruzando os braços.

Jv: Não me meto mais nisso.- Olhei pra ela.

Ayla: Ótimo, eu estava morrendo de frio.- Falou descruzando os braços.- Me dá o moletom logo.

Encarei ela serinho e neguei, ela ficou me encarando e meteu a mão no meu moletom tentando tirar. Empurrei ela vendo ela rir e arrastou meu bagulho pra cima, ela vestiu a parada e eu que fiquei no frio, de fuder esse bagulho.

Coração vagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora