Ayla 🥀
Art: Ô filha da puta.- Gritou comigo e eu tossi me jogando no chão.- Quem mandou tu fazer isso?
Ayla: Festa em Ipanema meu amor.- Eu ri, respirando fundo.- João está bem?
Art: Tá né Ayla, ele tava te esperando eu tenho certeza.- Olhei pro Pt, que entrou na casa com o celular na mão.
Pt: Vai Emily, leva pra pra pista, vão ficar esperando.- Eu sorri, passando a mão no rosto e ele se agachou do meu lado.- Tem certeza que tá tudo bem, Ayla?
Ayla: Tudo sim, obrigada fofo.- Sorri e ele me ajudou a levantar.
Art: Não tô botando fé que tu colocou fogo no batalhão, Ayla.
Ayla: Não foi no batalhão ue, foi no estacionamento. Tá reclamando?
Pt: Como tu entrou lá? - A Emily veio me entregando minha mochila.
Ayla: O estacionamento é onde eles menos ficam de olho, não tinha ninguém, era hora de troca de turno.- Art passou a mão na minha barriga e eu sorri.- Obrigada meninos.
Emily: Vamos, antes que o João queira matar todo mundo.- Falou me puxando levemente.
Pt: Sem tu a gente teria tomado no meio cu, valeu patroa.- Fiz cara de nojo, subindo na moto.
A gente saiu dali com a Emily, os meninos acabaram vindo atrás pra proteção. Chegamos numa pista de jatinho onde eu nunca tinha vindo, quando descemos eu já pude ver o Jv com cara fechada e quando ele me viu, negou com a cabeça.
Ele gritou com a Emily e os meninos e comigo só me puxou pra dentro do jatinho, pra gente meter o pé, eu me sentei me acalmando e fui explicar tudinho.
Ayla: Hoje é sábado de noite, a vigilância dos bancos fica muito mais ativa porque sábado é dia de carregamento, você deveria saber disso.- Falei tomando minha água, enquanto ele colocava o cinto em mim.
Jv: A gente sabe disso, Ayla.- Murmurou.
Ayla: Aham, sei.- Debochei e ele me olhou.- Chamei a Emily, ela quis ser bandida comigo, a gente tocou fogo no estacionamento do Bope, isso livraria vocês de muitas coisas. Além disso, falei com um amigo meu de lá dentro, ele é corrupto e mexe com as tecnologias de lá, atrasou a rádio da polícia. Com os dois fora da área, vocês teriam mais tempo e menos chances de serem pegos.
Jv: Eu senti, se tu não tivesse botado a cara, não ia nem tá aqui.- Olhei seria pra ele.
Ayla: Você me fez passar por cima dos meus princípios, mas eu juro que não fiz isso pro você, foi pelo nosso filho.- Ele concordou.- Espero que não tenha próxima e, se tiver algo desse porte e você for fazer, eu vou sumir de perto de você.
Jv: Ayla, desde quando você veio morar comigo sabia muito bem o que eu fazia e eu nunca neguei que iria voltar. Não é a primeira, nem a última vez que eu vou me meter nisso, mas também não tô te pedindo pra suportar não. Se quiser se afastar, o direito é todo seu, mas meu filho ainda sim tem que tá por perto.
Ayla: Entendi.- Respirei fundo.- Então realmente acho que vamos funcionar melhor separados.
Ele me encarou e eu passei a mão na barriga, meu filho, minha propriedade.
Eu poderia até voltar pro João Victor assim que o nosso bebê nascer, mas ficando perto dele e escutando tudo isso, agora só me traria estresse, confusão e isso iria afetar meu filho, que depende das minhas emoções calmas.
Então de verdade eu sentir que seria melhor pra meu bebê assim, após o nascimento do Gustavo ia talvez tudo voltar ao normal. Até porque ao meu querer ou não, João ia continuar no tráfico, mas por agora, o melhor a se fazer era esse.

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Coração vagabundo
Teen FictionDois mundos diferentes, duas vidas, ou melhor, dois opostos. A vida é meio louca e a gente nunca sabe o que tá escrito, mas em meio de tanta opção, tem aquele ditado que diz que sempre escolhemos a mais difícil e complicada de lidar.