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Ayla 🥀

Como se não a minha vida já estragada, ter um filho com o homem que eu estava odiando no momento, era o fim. E era sobre isso que eu falava no exato momento em minha bela terapia.

Eu deveria saber que tinha chance de nada ser tão seguro assim, mas olha, não tinha nem mais julgamentos pra mim mesma. Quatro meses, quatro meses eu carregando um bebê, se eu não tivesse passando mal, eu nunca iria saber.

Sai da minha sessão de terapia, fui pro meu quarto e respirei fundo mais aliviada, eu sabia o que eu tinha que fazer. Fui passar na clínica, já tinha chamado o João Victor, feito o teste de DNA, então passei e peguei tudo que tinha e falei com a Emily, enquanto ia pro morro, quando cheguei ela já tava lá me esperando e conversando com um homem.

Eu já tinha conversado com ela, já tínhamos decidido as diferenças, afinal, ela foi a primeira pessoa depois do Diego que eu fui atrás, que inclusive não me tratou mal em momento algum, aliás, só foi atrás de mim preocupações.

Emily: Eu sou dinda, sim ou não? - Falou me abraçando e eu ri.

Ayla: Talvez...- Falei sorrindo.

Emily: Então pode dar meia volta.- Falou debochando.- Vamos subir.

Ela segurou minha mão e fomos subindo, ela me levou pra uma casa que eu reconheci ser do Pt, quando entramos estava os três patetas, Jv nem se mexeu, Pt e Art me olharam e Art sorriu.

Emily: Boa tarde, fofos.- Falou fechando a porta.

Ayla: O teste de DNA.- Falei caminhando em direção ao João Victor e estiquei pra mão dele, estava intacto, eu não abrir nem nada, eu tinha certeza.

Art: É menino ou menina, gatinha? - Falou animado.

Ayla: Tá aqui, trouxe pra abrir com a Emily.- Olhei pra ele sorrindo.

Pt: Menino pra se chamar Caio.- Todo mundo olhou pra ele e eu desviei o olhar, me sentando no sofá.

Emily: Piadas engraçado.- Tossiu e eu olhei pro João Victor, que já tava lendo o negócio.

Ayla: Você quer abrir? - Olhei pro Art que rindo, que me olhava com maior olhão pro papel e tava batendo a mão o tempo todo, eu estava nervosa demais pra abrir também.

Jv: Me dá esse bagulho aí.- Olhei pra ele, estendendo a ultrassom.

Emily foi pra perto dele e eu sentir minha visão ficar turva, encostei no sofá baixando a cabeça e coloquei a mão na boca.

Pt: Ei porra, tu ficou branca do nada.- Falou vindo pro meu lado.

Ayla: Acho que foi a subida, traz uma água pra mim, por favor.- Falei respirando fundo o Art saiu.

Pt: Percebeu que ele tá afim né.- Falou muito baixo, só pra mim e riu.

Ayla: Aí cala a boca.- Revirei os olhos e o Art me trouxe água e eu tomei.

Jv: É um menino...- Olhei pra trás vendo ele sem reação no rosto, mas eu sorri olhando pra Emily.

Emily: Vamos comprar roupas agora.- Falou puxando.

Ficou os três animados e pulando e eu sorri de orelha e orelha. Desviei o olhar e fiquei vendo o Art e Pt olhando pra minha barriga, fiquei assustada até com os dois e eles riram, vindo pra cima pra poder ver. Como eu estava com roupas totalmente largas, quando levantei, eles olharam curiosos e surpresos pra barriga.

Coração vagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora