João Victor ☢
Quando cheguei na boca, Art e Teteu tava tudo reunidos do lado do Pt olhando pro celular dele, tirei o capacete colocando na moto e fui na direção deles, balançando a cabeça pra falar com eles.
Pt: Parece que tu num tem pegada não, tem que dá umas aulinhas com o pai.- Olhei sem entender e ele virou o celular.
Jv: Quem é? - Falei lendo a conversa.
Art: Alemã, pô.- Estranhei e olhei pro Pt que riu.
Jv: Chamou do nada? - Eles concordaram, me olhando e eu ri.
Teteu: Ou tu paga de bobo e age primeiro, ou espera pra ser algemado, pô.- Afirmei com a cabeça.
Pt: Cês tão achando que eu sou moleque é, porra? Claro que a garota tá na intenção de fazer algum bagulho, viu que eu fui o que ficou rendendo e acha que eu tenho cara de otário.- A gente encarou ele.
Art: O foda é que num é só a cara não.- Ele fechou a cara.
Jv: Da pra entrar no celular dela não, mano? - Olhei pro Teteu, que era o que mais entendia desses bagulhos.
Teteu: Pô, alguém precisa pegar o celular dela pra instalar uma parada, aí até pode rolar da gente ter as coisas dela nas mãos.- Olhei pro Pt e eles me olharam.
Jv: Qual foi? Aproveita que ela já tá no papo e chama ela aí pra sair pô.- Neguei.
Pt: É irmão, claro que a garota vai querer me beijar. Maluca vai querer me prender, porra.- Os meninos riram.
Jv: Vai Teteu então que ela nunca viu, chega no papo.- Falei balançando a chave da moto.
Art: Tu que já pegou ela e ela num sabe que é envolvido.- Neguei.
Jv: Tenho altas paradas mais importante pô, faz o seguinte.- Olhei pro Pt.- Marca encontro e chega de surpresa matando ela.
Pt: É seu arrombado, matar galera do bope do nada num vai fazer guerra começar não.- Passei a mão na cabeça.
Jv: Vai tomar no cu, porra. Se virem aí, sei que se vocês conseguirem acesso ao celular da garota, a gente pode ficar a frente de muito bagulho ligado a polícia aí.
Art: Exatamente, por isso que se tu já beijou, consegue mais que isso.- Olhei pra ele serinho e vi os outros botando fé.
Jv: Seguinte, fala com a Emily que é mais próxima que eu.- Me sai antes que eles falassem mais alguma coisa e entrei na salinha.
Verifiquei os bagulhos se tava tudo certo e peguei um cigarro, fui saindo com um no bico e montei na moto metendo o pé pra ir pra casa.
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Coração vagabundo
Ficção AdolescenteDois mundos diferentes, duas vidas, ou melhor, dois opostos. A vida é meio louca e a gente nunca sabe o que tá escrito, mas em meio de tanta opção, tem aquele ditado que diz que sempre escolhemos a mais difícil e complicada de lidar.