William.
Havia se passado outra semana desde a proposta maluca que o irmão de Julie havia feito para mim, e o fato de estar parando o carro no estacionamento perto da empresa dela novamente pode responder a decisão que tomei.
Enquanto desço dele, vejo um veículo preto de vidro em fumê parar ao lado do meu e um homem com uniforme de motorista descer, abrir o porta malas e tirar de dentro dele, uma cadeira de rodas. Assim, eu soube que Julie havia chego também.
Sem saber bem o porquê, eu opto por ficar ali e observar enquanto a garota desce do carro. O motorista abre e monta sua cadeira e a leva até perto da porta. A qual abre e assim, a tira de dentro do carro nos braços e a senta nela, dando sua bolsa, enquanto ela agradece com um sorriso carinhoso. Isso é algo que eu admiro nela, sempre trata seus empregados com a maior educação que pode. Sei disso, pois, me lembro da sua relação com sua nana e a conheço bem o suficiente para saber que não gosta de parecer superior aos outros.
Ela parece sentir a minha presença e em uma virada de pescoço, seu sorriso congela. Mas a troca de olhares é intensa. Pelo menos até seu motorista começar a guiar sua cadeira até o prédio, fazendo com que acorde da minha observação e os siga.
Enquanto ela sobe a rampa de entrada, eu subo as escadas, ao lado direito e assim, entramos ao mesmo tempo. Mesmo que ela tenha passado pela porta acessível e eu pelas portas giratórias. Foi automático. Assim que entramos, todos olham para ela. Eu a vejo ficar desconfortável. Sei que a causa dos olhares não é pelo vestido vermelho de renda que usa e ela parece respirar aliviada quando chega a mesa da recepção e anuncia nossa chegada.
A cunhada de Julie nos acompanha até os elevadores e nos deixa no que parece ser uma sala de reuniões, pois, no centro dela há uma mesa comprida, de quase vinte e seis lugares. Do lado esquerdo dela, um telão e do lado direito, a janela com vista para a Avenida Paulista.
A elegante mulher nos pede que esperemos Fernando e seus advogados, enquanto ela e o motorista se retiram, deixando eu e Julie sozinhos em um mesmo ambiente, pela segunda vez, depois de tanto tempo.
Ao perceber seu olhar em minha direção, eu sinto meu coração pesar, pois, me lembro o porquê de estar ali. E ver que ainda há amor em seus olhos, só torna tudo pior.
_ O que foi? -Pergunto desconfortável. _Por está me olhando assim?
_ Nada. –Responde rapidamente, envergonhada e fugindo do meu olhar.
O silêncio e o desconforto voltam a se instalar. Logo, penso que talvez, fosse o momento de tentar uma aproximação, já que cedo ou tarde, terei que fazer isso.
_ Acho que preciso te agradecer.
_ Agradecer pelo quê? -Pergunta confusa.
_ Por estar disposta a me ajudar. -Começo envergonhado. _ Por fazer a ponte entre mim e Fernando. Graças a isso, vou ter a quantia necessária para quitar as dívidas da minha família.
_De nada. -Responde sem graça. _ Posso te fazer uma pergunta?
_ Claro. -Sorri amarelo.
_ Por que escolheu me ligar? Por que agora?
_ Não sei. -Falo sem graça. _Depois que desabafei com você sobre as dificuldades financeiras da minha família, me vi sentindo falta das nossas confidências.
_Ah. -É a única coisa que ela consegue responder.
Ela parece chocada
_ Minha vez de perguntar. -Sorri amarelo. _ Alguma vez já se perguntou como teria sido se tivesse nos dado uma chance?
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Saga William & Julie. -Contratado Para Amar. I. Concluído.
Romance''Quando fui coagido para assinar um contrato de casamento com alguém que não amava, meu plano era claro: cumprir os quatro anos dele sem me deixar envolver por minha intensa, apaixonada e igualmente enganada esposa, levando isso como um trabalho. A...