Capítulo 37. -Com Você.

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William.

No caminho de volta, as lágrimas de decepção, raiva e tristeza embaçavam minha visão. E sei que pode parecer hipocrisia, já que também aceitei casar com Julie em troca de apoio financeiro. Mas sabe quando você idealiza uma pessoa e no fim, ela não é nada do que parece? É assim, que estou me sentindo.

No entanto quando paro para pensar, sei que em algum momento também já fiz isso com Julie e agora sei que isso dói. Pensar nela, me aquece o coração e ameniza um pouco da dor que sinto e por isso, sem nem ao menos notar, capturo meu celular com uma das mãos, enquanto estou no sinal vermelho, aperto em seu nome e conecto ao bluettooth do rádio.

_ Oi amor. –A escuto atender no segundo toque. Sua voz doce me trás a calma que preciso e meu sorriso é automático.

_ Oi princesa. –Respondo rouco com um sorriso na voz. _ Estou voltando para casa. Quer algo da rua?

_ Não, obrigada. –Fala doce. _ Você está bem meu anjo? –Pergunta preocupada. _ Sua voz está estranha.

Quase dou risada. Ela me conhece bem demais.

_ Só estou um pouco cansado coisa linda. Mas tenho certeza que minha esposa pode me dar colo quando eu chegar, não é?- Brinco sorrindo.

_ Pode contar com isso. –Responde divertida.

O telefone dos dois é desligado ao mesmo tempo e percorro o restante do trajeto para casa com uma calma que não estava sentindo antes. Paro em frente ao portão e decido não guardar o carro, pois, tenho que ir buscar as mulheres da vida e falando em mulher, saio do carro, entro e subo as escadas. Quando entro no quarto, sou invadido pelo clima de natal. Não sei dizer se pela presença da árvore montada ao lado da janela ou pela pequena e retangular mesa com uma ceia minimalista ao lado da árvore. Talvez seja pela minha esposa vestida com um vestido de malha vermelho que iam até a altura do seu gesso, seu rosto perfeitamente maquiado, incluindo o bendito batom vermelho e seus cabelos soltos com uma tiara.

A me ver parado na porta, ela abre os braços e sorrindo, eu entendo perfeitamente. Caminho e subo no colchão, me deitando em seu abraço e assim, ela me abraça com os braços.

_Então, meu anjo de cabelos negros vai me dizer o que ele tem?- Pergunta com ternura na voz.

Acabo sorrindo com a maneira que se refere a mim.

_ Agora, aqui no seu abraço, ele não tem nada. –Respondo sorrindo.

_ Que bom. – Fala beijando meu cabelo. _ Me desculpe amor.

Fico confuso com seu pedido.

_ Pelo que exatamente está pedindo desculpas.

_ Ah, é nosso primeiro natal e gostaria de estar em condições melhores.

Giro meu corpo, fico de bruços entre suas pernas e olho em seus olhos.

_ Pode parar. Essa situação não é culpa sua.

_ Eu sei. Mas...-A interrompo.

_ Sem mais. Essa situação é temporária linda. Eu e minha família entendemos isso perfeitamente.

_ Obrigada.

Assim, durante a madrugada, depois da troca de presentes, Fernando fez o favor de deixar minha família em casa. A mãe e o padrasto de Julie também entraram em nosso quarto para entregar os presentes dela, mas apenas meu cunhado e sua esposa deram presentes a nós dois, Julie me olhou como quem pede desculpas, mas não me importei com isso.

Saga William &  Julie. -Contratado Para Amar. I.  Concluído.Onde histórias criam vida. Descubra agora