William.
Já fazia algum tempo que havíamos descido para recepção do primeiro andar do Instituto e neste momento estamos no estacionamento. Me ajoelho na lateral esquerda de sua cadeira de rodas e enquanto esperamos o carro, percebo que Julie está tremendo.
_ Ei princesa. – A chamo com ternura e quando vira o pescoço em minha direção. Então, vejo medo em seus olhos. _ Se acalme. Vai ficar tudo bem. Não vou deixá-los chegar perto de você.
_ Mas e você? –Pergunta preocupada. _ Não é por mim que estou com medo amor.
Sua resposta faz meu coração derreter. – Ah, meu anjo. Eu te amo. –A puxo para um abraço e a envolvo em meus braços até que pare de tremer.
_ Não precisa ter medo por mim. –Respondo depois de soltá-la. _ E nem por você. Eu vou te proteger. – É uma promessa que vou levar muito a sério. _ Seremos nós dois contra o mundo.
Ela sorri. Mas infelizmente temos que nos separar, pois, o carro chega. O manobrista faz o favor de abrir a porta do passageiro. Então, a pego no colo e a sento nele com cuidado, já afivelando seu cinto e fechando sua porta em seguida. O mesmo manobrista se oferece para guardar sua cadeira de rodas no porta malas e acabo aceitando, pois, só quero ir embora e cuidar de Julie. Mesmo sabendo que tenho que falar com Fernando. Mas vou deixar isso para mais tarde. Agora só quero cuidar da minha esposa.
No carro, durante o caminho de volta, percebo que ela ainda está pensativa e sei que é pelo novo casal desagradável.
_ O que foi? No que está pensando?
Ela não responde e isso começa a me preocupar.
_ Diga Julie. –Peço angustiado.
_ Estou pensando em algo que Karina disse.
Isso não me diz nada. Karina havia dito muitas coisas.
_ No que exatamente?
Ela me responde com outra pergunta.
_ Você ainda está casado comigo pelo erro cirúrgico?
Sua pergunta clareia minha mente e entendo tudo. Ela realmente acha que estou com ela por pena?
_ Não. –Digo apertando os dedos no volante. _ Você não pode estar me perguntando isso a essa altura.
Sim. Eu estou irritado. Ela fica surpresa com minha reação.
_ Sabe, eu nem deveria me dar o trabalho de responder isso. –Falo ainda irritado. _ Mas eu vou. E será da melhor forma possível.
Meu tom de promessa a faz tremer.
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Não falamos mais nada pelo resto do caminho. Caminho esse, que mudei a rota, pois, ainda estou disposto a responder sua pergunta e não vou fazer isso em casa. Nana Marie está lá e quero fazer Julie gritar perdão pelo que está pensando. Então, ligo para Juan via Bluetooth e logo sua saudação soa no rádio do carro.
_ Fala parceiro! –Fala exageradamente animado.
Rolo os olhos com isso.
_ Juan, preciso de um favor. –Falo rouco. _ Eu tenho que ter uma conversa séria com Julie, mas precisamos de privacidade, você pode nos ceder seu apartamento?
Julie me olha confusa e intrigada, enquanto escuta nossa conversa.
_ Claro cara. –Responde o moreno. _ Pode pegar a chave com seu Mario. –É o porteiro. _ Vou avisá-lo que está autorizado a entrar.
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Saga William & Julie. -Contratado Para Amar. I. Concluído.
Romance''Quando fui coagido para assinar um contrato de casamento com alguém que não amava, meu plano era claro: cumprir os quatro anos dele sem me deixar envolver por minha intensa, apaixonada e igualmente enganada esposa, levando isso como um trabalho. A...