Saga William & Julie. -Contratado Para Amar. I. Concluído.

Capítulo 8. -O Peso de um Anel.

Julie.

Nesse momento, eu estou estática e por incrível que pareça sem saber o que responder por um instante. Sabe quando você sonha tanto com algo e quando acontece não parece real?

Mas ao contrário do que minha imaginação pudesse criar em minha cabeça, a realidade me parece muito melhor, pois, meu amado continua ajoelhado diante de mim, com um anel de noivado lindo e espera minha resposta. Assim, eu intercalo olhares entre o anel de prata com duas asas de anjo entrelaçadas e enfeitadas com ouro branco e, as pessoas chocadas e sentadas na mesa.

Pensar que ele pensou em algo tão romântico e significativo como a simbologia das asas de anjo na nossa relação, pois, é o apelido carinhoso usado entre nós, fez meu coração se encher de amor e não pude responder outra coisa.

_ Sim. -Respondo emocionada. _ Eu aceito. -Sorri em meio ao choro.

Ele coloca o anel em meu dedo e tão rápido quanto isso acontece, minha a mãe desata sua fúria sobre nós.

_ Que palhaçada é essa? –Pergunta se levantando de súbito e parecendo histérica.

_ Acho que foi um pedido de casamento mãe. -Respondeu Fernando divertido e irônico.

Com estranheza, eu percebo uma troca de olhares estranha entre Fernando e William, mas penso que estou vendo coisas.

_ Muito engraçado Fernando. –Devolveu minha mãe com olhos em chamas. _Eu não vou permitir isso.

_ Acho que você não tem escolha, mãe. -Responde Fernando. _ Julie é maior de idade.

_ Mas isso não pode ser válido. Eu sou a tutora legal dela.

Eu fico assustada. Minha mãe não vai acabar com meu relacionamento antes dele começar ou, vai? Olho para William, que parece ver o pânico em meus olhos e se envolve.

_ Sinto muito senhora. -Ele se levanta. _ Mas a decisão é nossa.

Ver ele se envolver e partir em minha defesa aquece meu coração. Mas parece deixar minha mãe ainda mais fora de si.

_ Calma mãe. -Disse Camile envergonhada com os olhares das pessoas do restaurante. _ Estamos em público.

Isso parece despertá-la, que sem graça, percebe que está descontrolada e volta a se sentar, saindo do estado histérico para o intimidante.

_ E você. - Camile aponta para William. _ Pelo que eu saiba você não correspondia aos sentimentos da minha irmã. Como agora pode pedir a ela que seja sua esposa?

_ Como sabe disso? –Pergunto sem graça.

_ Você costuma falar alto quando está no telefone com suas amigas. -Explica novamente.

Então ela se volta novamente para William.

_ Me pergunto o que mudou?- Pergunta atrevida.

_O que mudou foi que Julie me confrontou com uma verdade que me negava a enxergar. Penso que talvez, já estivesse apaixonado por ela há muito tempo e tive receio, medo e talvez até mesmo vergonha de sua condição. Depois que comecei um compromisso com outra pessoa, nada do que havia me dito saiu da minha cabeça e não achei que estava sendo justo com ela ou até mesmo comigo em não nos dar uma chance.

_Então, está praticamente admitindo que tem vergonha da sua deficiência. Isso não está te ajudando.

_ Chega!-Eu quase grito. _ Qual o problema se ele tem receio ou medo da minha deficiência? - Pergunto irritada. _ Ele tem suas razões. Já que nunca teve um relacionamento com alguém com deficiência e quer saber eu também tenho. Mas pelo menos somos sinceros quanto a isso e melhor ainda, William nunca foi tão insensível em relação a seus receios quanto vocês já foram. Ou se esqueceram que já me disseram que estava sonhando alto demais e que um homem como ele nunca me amaria ou desejaria como mulher. Ou pior que não iria satisfazê-lo. -Eu já chorava, enquanto esbravejava. _Então não venham tentar dar lição de moral por ele ser sincero com seu medo, pois apesar dele, ele nunca me machucou tanto quanto vocês e suas palavras cruéis e atitudes insensíveis.