William.
A semana seguinte ao confronto com Lucrécia chega, enquanto percebo que Julie está emocionalmente e mentalmente exausta. Tudo isso, porque ela está tendo que intercalar todas as provas, pois, deseja ao menos encerrar o trimestre antes de se retirar do colégio para ser operada.
Assim, vi o tempo passar com ela estudando até cansar. A ponto de dormir em cima de livros e cadernos. Tentei amenizar o estresse dela o máximo possível, sempre cuidando para que parasse para comer e dormir.
Hoje é o encerramento das provas do trimestre, sendo assim, seu último dia de aula antes da cirurgia, já que é sexta-feira e sua operação será na segunda-feira. Sendo assim, passo o dia ansioso e preocupado com o estado de espírito da minha frágil esposa. Com isso, fico aliviado quando chega o momento de buscá-la.
Chego aos portões a tempo de ouvir o sinal bater e assim que estaciono o carro na calçada, vejo Tia Margot abrir o portão. Saio do carro e a simpática senhora ruiva sorri triste assim que me vê, me avisando antes de entrar.
_ Oi Will. Ela não está bem.
Suspiro, pois, já imaginava que não estaria. Entro e a encontro em sua cadeira de rodas, que está encostada na escadaria que me viu pela primeira vez. Quando me aproximo, ela está de cabeça baixa e ainda não percebe minha presença, só a notando quando me ajoelho em sua frente.
_ Ei. –Digo suavemente e levanto seu queixo com o dedo, a fazendo olhar para mim.
Meu coração se aperta ao ver seus olhos inundados e lágrimas começando a cair por suas bochechas.
_ Ah, Julie! –Exclamo com pensar.
Assim, a puxo para os meus braços e ela soluça em meu pescoço, chorando livremente. Acaricio seus cabelos, esperando que desabafe e se acalme. Quando isso acontece, a pego no colo lá mesmo, decidido a aconchegá-la e aquecê-la, enquanto Tia Margot, que olhava a cena com tristeza e ternura, desvia o olhar e se apressa a abrir a porta do passageiro para mim. Agradeço com a cabeça e a sento no banco. Me inclino em seguida e coloco seu cinto, fechando a porta depois disso.
Entro novamente no pátio e saio com sua cadeira de rodas, a dobrando e a guiando até o porta malas. Assim, a guardo e fecho ele, dou a volta no carro e entro, coloco meu cinto e olho para Julie, que está olhando em direção do colégio e parece perdida em pensamentos.
_ Não imaginava que me despedir deste lugar seria tão difícil. - Comenta entre soluços.
Entrelaço nossas mãos direitas, a fazendo olhar para nossas alianças, sorrir triste e olhar para mim.
_ Eu imagino que esteja sendo difícil. Mas pense que será temporário, coisa linda.
O apelido carinhoso a faz sorrir, mesmo entre as lágrimas.
_ Eu não sei amor. –Responde e é minha vez de sorrir. _ Algo me diz que essa despedida é definitiva e que não vou mais voltar ao colégio, sinto que estou deixando parte da minha vida. –Fala triste.
_ Não gosto quando diz essas coisas. –Retruco com o coração apertado.
_Eu só sinto, sabe?
Dou partida e espero com fé que esteja errada.
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No carro, eu até tento fazer Julie rir em alguns momentos e embora ela chegue a fazer em todos eles, sua expressão ainda está triste e ás vezes olha para a paisagem, enquanto parece perdida em pensamentos. Estou preocupado com ela, mas procuro lhe dar espaço, sem deixar de demonstrar apoio.
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Saga William & Julie. -Contratado Para Amar. I. Concluído.
Romance''Quando fui coagido para assinar um contrato de casamento com alguém que não amava, meu plano era claro: cumprir os quatro anos dele sem me deixar envolver por minha intensa, apaixonada e igualmente enganada esposa, levando isso como um trabalho. A...