Essa semana Julie está uma pilha de nervos. Primeiro, após a confirmação da saída do resultado do exame, que foi direitamente para as mãos de Aline, a médica que acompanha sua reabilitação, ela precisou voltar ao consultório dela para que a médica explicasse o próximo passo a ser tomado.
Mas segundo minha esposa, isso foi uma total perda de tempo, pois, Aline terminou dizendo que só o cirurgião ortopedista podia dizer com certeza qual seria o procedimento e o local de realização da cirurgia. Sendo assim, tive que concordar. Foi uma total perda de tempo.
Assim, que finalmente hoje Julie vai conhecer seu novo cirurgião ortopedista e não está muito feliz com isso. Como sei disso? Simples. Estou olhando para ela, que ainda não percebeu minha presença e está sentada na cama, com as pernas para fora e parece pensativa, enquanto está pronta para sua nova consulta, usando mais um de seus vestidos de renda românticos e rosados.
_ Vamos? –Finalmente resolvo me fazer presente.
Ela volta ao presente com um suspiro cansado e assente. Com o coração apertando ao ver seu estado apreensivo, entro no quarto, caminho até ela e a pego no colo. Em meus braços, ela imediatamente relaxa, suspira e como um bebê, encaixa o rosto em meu pescoço e inspira meu perfume. Mas, como a muito tempo acontece, não me incomodo com o gesto. Até gosto. E, sim. Isso é assustador.
Deixo de pensar nisso por um momento, desço as escadas com ela e enquanto sua cunhada vai a nossa frente para abrir caminho, Fernando me segue por trás e trás sua cadeira de rodas. Chegamos ao carro, Cristal abre a porta do passageiro, sento Julie no banco, fecho sua porta e enquanto Vivanco colocava sua cadeira de rodas no porta malas, tomava meu lugar no banco do motorista e colocava o cinto. Assim, dou partida.
A chegada no Instituto foi rotineira, pois, já sabia o que fazer e aonde ir. Encontramos o padrasto da minha esposa, Mark, na lanchonete e para meu alivio e o de Julie, ele está sozinho. Mark é um italiano de estatura alta, pele branca com tons rosados e cabelos curtos, grisalhos e olhos acinzentados. Sua postura é intimidante ás vezes, mas Julie disse que é apenas uma armadura para afastar as pessoas e as impedir que o conheçam de verdade.
_ Oi Mark. –Ela sauda com um sorriso. _ Onde está minha mãe?
_ Trabalhando. Vamos?
Assentimos e o acompanhamos até o segundo andar, onde ficavam os consultórios e o padrasto de Julie foi avisar uma das atendentes dos guichês que havíamos chego. Enquanto isso, eu e Julie ficamos esperando na área de espera. Até que Mark volta e se junta a nós dizendo que seriamos chamados.
Quando somos finalmente chamados, Julie suspira estressada e meu coração se aperta, enquanto tomo meu lugar na guia de se cadeira e seu padrasto segue a nossa frente, abrindo portas e mostrando o caminho. Acompanhando minha esposa em todo esse processo nos últimos meses, começo a entender com ainda mais profundidade sua realidade. E, com isso minha admiração por ela tem aumentado a cada dia com isso. Afinal, não era fácil estar naquele lugar branco, deprimente e que cheira a álcool se preparando para uma cirurgia que não quer fazer.
Saio dos meus pensamos quando entramos no consultório, que minutos antes foi indicado pelo painel digital da sala de espera e encontramos um homem com um jaleco branco por cima de suas roupas sociais. Imediatamente, ao vê-lo, me arrepio e não de um jeito bom, pois, algo na aura daquele homem de cabelos pretos ralos e olhos negros me causou calafrios. Seu corpo, estatura, postura não me causaram boa impressão.
_ Olá. –Sauda se levantando de sua mesa.
_ Olá. Sou Julie Gold. –Responde minha esposa e por sua expressão corporal vejo que também está incomodada com o seu novo médico.
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Saga William & Julie. -Contratado Para Amar. I. Concluído.
Romance''Quando fui coagido para assinar um contrato de casamento com alguém que não amava, meu plano era claro: cumprir os quatro anos dele sem me deixar envolver por minha intensa, apaixonada e igualmente enganada esposa, levando isso como um trabalho. A...