William.
Durante a madrugada, acordo com uma movimentação na cama e esfregando os olhos, noto Julie sentada, preocupado sento também e ela percebe que acordei.
_ Oh, me desculpe amor. Não queria te acordar.
_ Está tudo bem. Não consegue dormir, não é?
_ Não. Estou preocupada com amanhã.
Sim. Amanhã vai ser a consulta de emergência dela com o doutor Vinícius para saber se algo errado com a cirurgia.
_ Eu imagino. –Respondo em suspiro. _ Vem cá. Vêm. –Completo puxando seus ombros para trás e a fazendo deitar novamente. _ Você precisa tentar dormir. Ou estará destruída amanhã.
Ela se aproxima mais de mim, deitando a cabeça em meu peito, enquanto faço carinho em seus cabelos. Não sei em que momento adormecemos.
No começo da tarde seguinte, desço as escadas com minha menina em meu colo e seu rosto em meu pescoço, assim, estávamos indo em direção a garagem, com nana Marie a nossa frente para abrir as portas e portões pelo caminho. Quando faz isso com a porta do passageiro, eu a sento nele, me inclinando e colocando seu cinto, fechando a porta dela em seguida.
Coloco sua cadeira de rodas no porta malas e entro no carro, colocando meu cinto e dando partida. Durante o caminho, vejo Julie com a cabeça jogada para trás no banco e os olhos na janela, ao olhar a cena suspiro, pois, sei que está apreensiva com a consulta e a fim de fazer algo para distraí-la, conecto playlist latina do meu celular no som do carro. Sim. Graças a paixão da minha esposa pela cultura e língua latina, acabei começando a escutar canções latinas. Pelo visto minha tentativa de distração acaba dando certo, deu certo, pois, ela me mira chocada.
_ Desde de quando meu amado marido escuta músicas latinas?-Ela sorri atrevida.
_ Desde de quando minha esposa é apaixonada por elas e me contagiou. -Comento entrando na brincadeira.
_Eu poderia te contagiar de outras formas também. -Devolve maliciosa.
_ Acredite. Você já faz isso.
Um pouco depois, o clima descontraído é substituído pelo tenso, pois, atravessamos os portões do Instituto Eficiente. Assim, novamente faço o processo que para mim já havia se tornado um hábito, com a diferença de que já não é tão desconfortável. Então subimos de elevador e encontramos minha sogra acompanhada do seu marido na sala de espera. Nos juntamos a eles e esperamos que Julie seja chamada.
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Cerca de uma e meia depois, saímos do consultório do doutor Vinícius pela segunda vez no dia e Julie está fervendo de raiva, o que é compreensível, levando em conta que depois de relatar toda intensidade da sua dor que vêm sentindo na recuperação, o doutor pediu para que ela fizesse um raio X de emergência e quando levamos para ele, o mesmo disse que não há nada de errado. O que achamos ser mentira.
Eu entendo perfeitamente sua frustração. Além de conhecê-la melhor do que ela mesma. Sei que sente não ter sido escutada pelo médico. Mas sei também que preciso acalmá-la.
_Ei, senhora Gold.- Chamo me ajoelhando em frente de sua cadeira de rodas. _ Se acalme. Ficar irritada não vai adiantar. -Falo em tom de brincadeira.
_ Já te falei com amo meu novo nome? - Pergunta divertida.
Mas logo volta a ficar nervosa.
_ Isso é tão frustrante sabe? -Pergunta e eu assinto, a deixando desabafar. _ Caramba!Eu conheço meu corpo, são muitos anos de reabilitação e apesar de ser resistente a dor, quando digo que minhas dores estão intensas demais, elas realmente estão. E ele não me escutou e isso me irrita. Fora que parece que ele está escondendo algo. Você viu sua expressão quando olhou a radiografia?
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Saga William & Julie. -Contratado Para Amar. I. Concluído.
Romance''Quando fui coagido para assinar um contrato de casamento com alguém que não amava, meu plano era claro: cumprir os quatro anos dele sem me deixar envolver por minha intensa, apaixonada e igualmente enganada esposa, levando isso como um trabalho. A...