William.
Depois de ter contornado a situação da presença de Karina em nossa recepção, me levanto e circulo sua cadeira de rodas, tomo sua guia, passando com ela entre as mesas e lounges, cumprimentando os convidados. Alguns deles ainda nos miram intrigados, incluindo nana Marie, que vêm até nós com seus cabelos negros e lisos que me lembram o de uma índia acompanhada de uma expressão apreensiva.
Sorrio para ela, na tentativa de acalmá-la e recebo um olhar desconfiado em troca, enquanto ela lança um sorriso carinhoso para minha esposa, com um olhar castanho iluminado de amor, que combina perfeitamente com sua pele morena.
_ Está tudo bem? -Pergunta preocupada, enquanto sua menina abraça sua cintura.
_ Sim nana. - Levanta o pescoço, olhando para ela, com o queixo em sua barriga. _ Eu e William estávamos resolvendo algo.
Fico agradecido por ela não citar a presença de minha ex noiva nos portões.
_ Ah, e conseguiram? -Pergunta desconfiada.
_ Sim. Não se preocupe.
_ Que bom. Como se sente? -Pergunta acariciando seu rosto.
_Feliz nana. A mamãe e a Camile não chegaram não é? -Pergunta já sabendo a resposta.
Meu coração se aperta com sua pergunta, pois, sei que no fundo ela tinha esperança que sua mãe e irmã aparecessem.
_ Não meu amor. -Responde triste. _Eu sinto muito. -Completa com pesar.
_ Está tudo nana. –Mente.
Decidido a consolá-la, interrompo a conversa maternal, me ajoelhando na lateral de sua cadeira e sussurro em seu ouvido.
_ Ei, não fique assim princesa. –Falo carinhoso. _ São elas que perdem.
_ Seu marido tem razão querida. –Fala sua nana. _ Não penso nisso e aproveite sua festa.
Ela assente ainda triste e volto a tomar a guia de sua cadeira, pedindo licença a sua nana que volta a sua mesa. Assim, continuamos passando pelas mesas, conversarmos um pouco com os convidados, esperando que apesar do acontecido, nada seja notado. Respiro aliviado quando chegamos a mesa da minha família.
_ Julie, minha linda. - Começa dona Helen. _ Foi uma linda cerimônia e a recepção está maravilhosa. Bem vinda a família. -Brinca sorrindo e se levantando para abraçá-la.
_ Obrigada dona Helen. -Responde emocionada.
Já longe da guia de sua cadeira e sim ao seu lado, sorria com a cena. Após abraçar Julie, minha mãe me abraça e é a vez de minha esposa sorrir com a cena, emocionada. Meu coração se aperta novamente, pois, imagino que a cena a faça voltar a se lembrar da mãe e irmã. Mas fico aliviado quando minha tia e avó a abraçam com carinho.
_ Querida, a decoração está linda. -Comenta minha avó Eleonor.
_ Que bom que gostou. -Sorri tímida.
Resolvo provocá-la e me ajoelho novamente na lateral de sua cadeira, sussurrando em seu ouvido.
_ Lindas estátuas de gelo, aliás. Obrigada pela parte que me toca.
Ela cora instantaneamente e dou risada. Então, o DJ interrompe o momento terno ao anunciar o corte do bolo. Assim, me levanto e a guio até a mesa do bolo, enquanto os convidados nos acompanham e se posicionam em volta dela. Eu paro em frente ao tampo de vidro grande e saio de trás de sua guia, cortando um pedaço do bolo.
Assim, a noto triste e desconfortável e entendo o porquê: como qualquer noiva, ela gostaria de poder ficar de pé ao meu lado na mesa. Decidido a fazê-la esquecer a tristeza, coloco o pedaço do bolo cortado no prato e pego um garfo, me ajoelhando ao lado de sua cadeira em seguida, a oferecendo uma garfada e ela abre a boca surpresa. Ela a recebe. Assim, ainda mastigando, ela sorri apaixonada e não posso deixar de sorrir de volta.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Saga William & Julie. -Contratado Para Amar. I. Concluído.
Romance''Quando fui coagido para assinar um contrato de casamento com alguém que não amava, meu plano era claro: cumprir os quatro anos dele sem me deixar envolver por minha intensa, apaixonada e igualmente enganada esposa, levando isso como um trabalho. A...