William.
Volto a entrar no carro e peço que o motorista atravesse os portões, enquanto o veículo volta a andar, estou ciente que Julie está calada, mas não deixa de me observar. Imagino que queira me dar espaço e não pressionar. Mas também sei que sua mente deve estar a mil.
A luxuosa limousine para atravessada na fachada em frente as portas de vidro automáticas. Assim, a pego no colo e desço com ela, sentindo sua respiração em meu pescoço e ficamos assim até que o motorista saía do carro e pegue sua cadeira de rodas. Quando ele faz isso, a sento nela e a vejo me olhar preocupada.
_ Quer conversar?
_ Não.
_ Mas precisa. –Insisti. _ E quero saber como se sente sobre o que aconteceu.
_ Não quero falar sobre isso. –Falo tenso.
_ Você não entende. –Esbraveja. _ Você tem que falar, desabafar sobre o que sente.
Me sinto confrontado e embora saiba que ela tem razão, faço o que sempre faço quando isso acontece. Eu contra ataco.
_ O quer que eu diga? –É minha vez de esbravejar. _ Que me culpo pelo estado mental de Karina? Que sei que mereço sua mágoa e seu ressentimento? Que me culpo pelas escolhas que fiz, pois, elas me trouxeram até aqui?-Termino em um fôlego só, mas me arrependo imediatamente ao ver a tristeza e mágoa nos olhos de Julie, me arrependo. Pois, eles começam a se inundar de lágrimas.
_ Então quer dizer que se arrepende da escolha de se casar comigo?- A dor em sua voz me cortar o coração.
_ Não... Droga! Me Desculpe Julie. Eu não quis dizer isso.
_ Mas disse. –Fala ressentida. _ E acredite é ótimo saber o que realmente sente.
Seu tom ácido e agressivo me dói, mas enquanto procuro as palavras certas para que me perdoe, somos interrompidos por Fernando, que aparece na entrada.
_ O que está havendo aqui? Por que não entraram ainda?
_ Pergunte ao seu cunhado. –Responde Julie cortante.
E assim, antes que pegue sua guia, ela mesma pega os aros de sua cadeira e se prepara para entrar no salão. Desesperado para me escute, ainda tento pegar a guia uma última vez e segurá-la.
_ Solta. –Seu tom ressentido me dói novamente como uma faca. _ Me. Solta. –Seu tom é pausado e ainda mais cortante.
Me amaldiçoando por minhas palavras equivocadas, decido lhe dar espaço e solto sua guia, a vendo sumir dentro do salão.
_ O que fez com ela, seu idiota? –Pergunta Fernando furioso.
Mas não respondo e muito o culpo menos por me chamar de idiota, pois, é assim que me sinto no momento.
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A decoração da antes recepção do Instituto transforma o ambiente em um perfeito salão de baile, mas ao olhar para o lado e ver a falta de animação da minha esposa, percebo que ela não está tão excitada e feliz como esperava que estivesse essa noite. Me culpo por isso.
Mas não sei como me aproximar, me desculpar e para piorar, ela se afasta cada vez que chego perto.
_ E aí amiga! –Letty interrompe o clima tenso. _ Gostou do resultado final?
Nem mesmo a animação da melhor amiga parece mudar seu estado de espírito, mas ela força um sorriso e diz.
_ Muito amiga. Está tudo lindo.
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Saga William & Julie. -Contratado Para Amar. I. Concluído.
Romance''Quando fui coagido para assinar um contrato de casamento com alguém que não amava, meu plano era claro: cumprir os quatro anos dele sem me deixar envolver por minha intensa, apaixonada e igualmente enganada esposa, levando isso como um trabalho. A...