Capítulo 17. -Sua Morfina.

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William 

Alguns dias se passaram depois de minha conversa com Julie e para minha sorte, estamos em paz. Estou arrumando algumas coisas no meu quarto, quando o alarme do meu celular soa e o tiro do bolso, vejo que é uma mensagem de Fernando e quando a leio, meu coração se aperta

''Pode vir aqui. O exame de Julie já tem data e ela não está muito bem com a notícia. ''

Rapidamente respondo.

''Claro. Estou indo.

Acabo não pensando muito e pego as chaves, a carteira e saio porta afora. Assim, entro no carro e espero nervosamente que o portão eletrônico suba, quando finalmente sobe, arranco com o veículo em direção a casa de Fernando.

Como é de costume, assim que chego, os portões se abrem para mim, e, entro com o carro e o estaciono. Saio do carro rapidamente e subo as escadas até a porta, batendo ansioso. Cristal abre, aceno com a cabeça e subo correndo até o quarto da Minha menina.

Quando chego perto da porta, a vejo entreaberta e entro com cuidado. Vou andando devagar até a beira da cama e como ela está de costas para porta, não nota minha aproximação e assim, tiro os sapatos e subo na cama, me deito e ela finalmente percebe minha presença ao sentir meu peito em suas costas e quer se virar de frente para mim, a ajudo a fazer isso e noto as lágrimas em seus olhos.

Ela iria dizer algo, mas respondo sua pergunta muda.

_ Seu irmão me mandou mensagem. –Sorrio carinhoso, enquanto limpo suas lágrimas com a ponta dos dedos. _ Ele disse que seu exame foi marcado e que você não estava muito bem. Pelo visto é verdade.

_ Sim. Estou com medo amor. –Confessa fragilizada.

_ Eu sei meu anjo. –Respondo a colando em meu peito. _ Mas lembre-se que vou estar com você. –Completo beijando seus cabelos.

Assim, no sábado daquela mesma semana, ou melhor, dizendo hoje, como o prometido estávamos a caminho do Instituto para a realização do exame. E para sincero, estou nervoso, pois, apesar de já conhecer o lugar por nosso casamento, no final de semana da nossa recepção estava sem pacientes, mas hoje não será assim e isso assusta. Isso é definitivamente entrar no mundo dela e isso não é algo que planejava fazer.

Mas meus devaneios são interrompidos, quando pelo canto noto Julie com uma expressão de desânimo.

_ Tudo bem? –Pergunto já sabendo que não estava.

_ Não. Estou com o pressentimento de que algo ruim vai acontecer.

_ Não sofra por antecipação.

Nossa pequena conversa é interrompida com a chegada ao Instituto Eficiente. Atravessamos os portões de ferro preto guardados por dois seguranças em negro e seguindo as instruções de Julie faço as voltas necessárias entre tantas paredes brancas, cinzas e suas colunas, avisando um dos manobristas que vou tirar minha esposa do carro e depois estacionar adequadamente. Sendo assim, só paro o carro por um momento e desço dele, dou a volta e abro o porta malas e enquanto tiro sua cadeira de rodas, a escuto abrir sua porta e virar as pernas para fora.

Assim, depois de levar sua cadeira montada até perto da sua porta, a pego no colo e a sento nela, a pedindo para me esperar na entrada, enquanto estacionava e entregava a chave ao manobrista. A encontro depois disso e entramos juntos.

Para todos os lugares que olho, sou capturado por olhares de crianças, adolescentes e adultos com diversas deficiências, com diversos graus e idades. Isso é difícil de ver.

Saga William &  Julie. -Contratado Para Amar. I.  Concluído.Onde histórias criam vida. Descubra agora