Saga William & Julie. -Contratado Para Amar. I. Concluído.

Capítulo 47. - Dois Homens. Um Destino.

Vinícius.

Eu ainda posso me lembrar de quando entrei na faculdade de medicina. Era um jovem sonhador. Que queria fazer a diferença no mundo. Mas com o passar dos anos, conforme obtinha êxito na profissão crescia também o status e o estilo de vida. Assim, quanto mais minha imagem reluzia, mais gostava disso.

Entretanto, com esse lado bom, vêem o lado ruim. Quanto mais você consegue dinheiro e poder, mais você o quer. Foi assim que passei ao almejar a posição de diretor do Instituto Eficiente, posição agora ocupada por minha chefe: Aline Garcia.

Mas na busca de inovar e chamar a atenção do Conselho da Instituição para conseguir apoio e votos dos médicos membros, acabei me arriscando a fazer um procedimento cirúrgico experimental em uma paciente. Seu nome é Julie Rose.

Meus planos foram arruinados, quando em uma consulta de emergência, na radiografia dessa paciente descobri que algo está errado. Sua perna direita está rejeitando a haste colocada de seu joelho até o final de sua canela. Além disso, notei que pela colocação da haste, seu pé direito estava virado de lado. Ao ver todos esses erros, o medo me assolou, mas tentei agir como se estivesse tudo bem.

No entanto, sei que não está e que meu tempo está acabando. Se o meu erro for descoberto sei que posso perder minha licença médica, ser demitido e ter minha reputação arruinada. Por isso, estou tenso e apavorado, pois, fui avisado assim que cheguei que minha chefe deseja falar comigo. Assim, enquanto estou a caminho da sua sala, desejo que não tenha descoberto a verdade.

Bato em sua porta, tentando conter a ansiedade e assim que ouço um: ''entre '', giro a maçaneta e entro. Encontro a diretora Aline sentada em sua mesa. Ela parece tensa e isso me preocupa.

_ Boa tarde doutora. -Saudo em um sorriso amarelo.

_ Bom tarde Vinícius. -Devolve séria. _ Sente- se.

Meio sem graça e tenso, sento em sua frente.

_ Tem certeza que está bem?- Pergunta preocupada. _ Tenho te notado distraído. -Comenta, me deixando nervoso. _ Sabe que pode me contar qualquer coisa, não é? Nossa equipe é como uma família.

A olho desconfiado e respondo sem graça.

_ Não é nada demais. Só preocupação com a recuperação de uma paciente.

_ Algo errado? -Pergunta em tom compreensivo.

_ Tentei um procedimento novo. Algo experimental sabe?

Não sei por que estava dizendo isso a ela. Mas o que ela disse me passou confiança.

_ Acha que teremos problemas?- Pergunta tensa.

_ Não. Claro que não. -Respondo nervoso. _ Não se preocupe. -Sorri amarelo. _ Ela só está demorando um pouco mais para se recuperar. Mas quando isso acontecer, vai ser maravilhoso.

_ Que bom. - Sorriu tensa. _ Mas saiba que se algo acontecer, vou te proteger.

Começo a desconfiar do que ela quer dizer. Mas, em seguida, penso que talvez esteja vendo coisas onde não tem.

_ Está bem. Obrigada doutora. _ Posso ir agora? - Pergunto apressado.

_ Sim. Claro.

Saio da sala da minha então chefe, um pouco aliviado e de certa forma mais seguro. Mas foi uma conversa estressante e sei que tenho que relaxar. O bom disso, é que sei exatamente quem devo procurar para isso. Assim, aproveito que vou entrar na hora do almoço e vou até a casa dela.