William.
_ Por quê? –Pergunta meu cunhado sério.
_ Eu sinto muito. -Devolve envergonhada. _ Eu precisei fazer isso. Não posso correr o risco de o instituto sofrer um processo. Isso prejudicaria muitas pessoas que precisam do lugar.
Ela está tentando apelar para os sentimentos do meu cunhado.
_ Não tente manipular meus sentimentos - Ele a corta. _ Se realmente se importasse com isso, você teria, ao menos, demitido Vinícius. - Não pôde evitar o tom acusatório.
A mulher parece sem graça.
_ Eu não posso fazer isso. Vinícius tem aliados muito poderosos no Conselho na instituição. - Ela parece assustada. _ Demiti-lo pode causar minha própria demissão e um escândalo em minha carreira.
_ Ah, aí está o verdadeiro motivo. -Falo ácido.
_ Falou a pessoa que aceitou um casamento por dinheiro. - Provoca ela.
_ Isso não é da sua conta. - Retruco entre dentes.
Mas mesmo não querendo admitir, sei que é verdade. Isso dói. Há pouco tempo, eu culpava Julie por seu amor me prender ao um contrato e hoje, só não quero que ela descubra.
_ Está bem. Chega. Temos que nos acalmar. -Disse Fernando interferindo. _ Por que não nos sentamos e conversamos de forma civilizada.
Assim, nós saímos de perto dos elevadores e nos sentamos na sala da recepção.
_Então. - Fernando retoma a conversa. _ Vamos falar sobre o que realmente está buscando com essas mensagens anônimas. Pelo que entendi você está nos ameaçando com contar a Julie existência do contrato, se processarmos o instituto, não é?
Ela fica branca em um primeiro momento, mas não pode negar. É isso mesmo que ela quer.
_ Bem.... -Ela passa a gaguejar, buscando as palavras que deveria dizer...
_ Diga a verdade. - Manda sério.
_ Sim. É isso.
Eu que estou calado até o momento, finalmente me pronuncio.
_ Mas isso não é justo. - Falo preocupado. _Se ele não foi demitido, tem que ser ao menos processado para que não faça isso com outros pacientes. - Completo sem me conter. _ E é isso que deveria importar para você também.
_ Meu cunhado tem razão doutora Aline. - Concorda Fernando. _ Afinal hoje é Julie e amanhã pode ser outro paciente. -Completa sério. _ E com consequências ainda piores. – Pontua. _ E você não terá um trunfo desses para evitar outro processo. Assim, sua demissão será iminente e sua carreira vai continuar em risco.
_ Sim. Eu sei. - Responde receosa. _Mas não sei o que fazer com ele. Não sem que também me sinta ameaçada.
Quase sinto pena dela por suas palavras. Eu digo ''quase ''
_ Posso convencer minha mãe a desistir do processo. - Responde Vivanco. _ Mas em troca terá que nos ajudar em um plano para dar uma boa lição em Vinícius. Algo que destrua sua carreira e que o faça perder sua licença de médico. - Completa Fernando com os olhos em chamas.
_ Isso parece vingança. -Comenta Aline receosa. _ Não sei se gosto disso. Quem garante que não vá sobrar para mim. -Retrucou a médica.
_ Tem certeza que quer correr o risco? –Provoca Vivanco. _ Vinícius parece ser uma bomba relógio e se não cuidar dele agora, pode acontecer novamente.
Ela parece medir as palavras de Fernando e suspira, se dando por vencida.
_ Tem razão. Está bem. O que tenho que fazer?
_ Por enquanto, precisamos que seja os nossos olhos e ouvidos neste instituto. -Disse Fernando sorrindo maliciosamente. _ Principalmente com relação ao Vinícius. Ganhe a confiança dele, grave conversas, tire fotos. Queremos saber tudo sobre ele, com quem se relaciona, o que faz. Temos que conseguir algo contra ele, principalmente você. Assim, poderá se livrar dele. -Instrui. _ E o mais importante, guarde tudo em lugar seguro, pois, vou querer material semanal de tudo que conseguir.
Aline assente tensa e intimidada.
_ Está bem. -Assente nervosa. _ Sendo assim, suponho que ele não deve saber que vocês já sabem do erro médico, não é?
_ Você é sagaz. Gosto disso. -Sorri. _ Supôs certo. _ Fique com meu contato. Quando tiver material, marcaremos uma nova reunião.
Ele lhe deu um cartão, que ela guarda em sua bolsa.
_ Ah, e Aline. - Chama novamente e ela se vira. _ Conto com sua descrição, está bem?
_ Claro.
Ela finalmente saí do nosso campo de visão, entrando no elevador. Nós respiramos aliviados, ao menos, temporariamente.
_ Acha que podemos confiar nela? -Pergunto desconfiado.
_ Não. Vou colocar outro detetive para seguir nossa detetive.
Balanço a cabeça em concordância.
_ Temos que descer ou nossas mulheres ficaram desconfiadas da nossa demora. –Fala em seguida.
Descemos de elevador e nossas mulheres continuam conversando animadas.
_ Oi garotas! –Diz Fernando animado.
_ Oi garotos! –Imita Julie sorrindo. _ Onde estavam? Houve um momento em que não vi vocês no salão.
Ficamos nervosos com o questionamento.
_ Fomos ao banheiro. –Responde Vivanco rapidamente.
_ Juntos? –Pergunta Julie divertida.
_ Não. Claro que não. –Respondo rapidamente.
Ela ri e não diz nada.
_ Vamos embora princesa. –Sugeri sorrindo.
Ela assente rapidamente.
Ótimo. Pois, tudo que quero é ir para casa, me perder no corpo dela e esquecer essa noite. E é isso que pretendo fazer.
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Saga William & Julie. -Contratado Para Amar. I. Concluído.
Romance''Quando fui coagido para assinar um contrato de casamento com alguém que não amava, meu plano era claro: cumprir os quatro anos dele sem me deixar envolver por minha intensa, apaixonada e igualmente enganada esposa, levando isso como um trabalho. A...