G A B R I E L
Eu devo ter passado dois ou três sinais vermelhos.
Além de não ter quase nenhum carro nas ruas, eu não estava no meu melhor momento para ter paciência.
Meu pau chegava a doer dentro daquela cueca apertada, e tudo piorava quando eu olhava para o lado e visualizava uma Daphne extremamente gostosa.
Talvez suas coxas torneadas debaixo daquela saia minúscula tivessem sido a gota d'água; ou talvez o fato de que ela literalmente chupou o meu dedo e me fez imaginar mil e uma coisas em apenas cinco segundos.
Eu não deveria ter cedido, eu sabia disso, a culpa era inteiramente minha. Eu é que comecei com os jogos, com as provocações, só não achei que estivesse lidando com uma oponente à altura. Ela não baixou a cabeça, nem se permitiu ceder primeiro, mesmo que existisse toda aquela tensão sexual entre nós, claramente palpável.
Eu era covarde o suficiente para querer que ela fosse a pessoa que teria nos guiado para as ruínas, porque assim teria uma mentira para contar a mim mesmo quando tudo desse errado. Pelo menos não teria sido eu. Mas ela me deixou louco e me fez chegar ao meu limite; completamente dominado por minhas emoções e impulsos.
Eu deveria ter tido mais autocontrole e ter evitado que chegássemos a esse ponto, porque eu, mais do que ninguém, tinha noção de que estávamos caminhando bem na direção de um abismo. Tinha noção de que estava levando-a em direção a um abismo; a cada palavra sincera, a cada gesto, e em cada vez que eu realmente me sentia bem na companhia dela. Eu estava nos levando para o topo de um penhasco, e sabia que caso alguém se desequilibrasse e caísse, a queda não seria nada boa.
Mas porra, como eu poderia ter me controlado mais um segundo sequer? Logo depois dela ter me confessado, com todas as letras, que também queria aquilo tanto quanto eu?
Foda-se! A merda já estava feita. Não dava para voltar meses atrás e refazer minhas decisões. Porque se eu pudesse, se eu soubesse, teria escolhido diferente.
Parei e desliguei o carro. Saí e ela me seguiu, não dizendo uma palavra e observando em silêncio enquanto eu usava as minhas chaves para destrancar as portas.
Era madrugada e as luzes estavam apagadas, por isso o breu nos recebeu assim que entramos na sala.
— Sua casa? — Ouvi a voz dela ao meu lado, com uma pitada de curiosidade.
Fechei a porta.
— Sim. — Procurei sua mão, agarrando nela quando a encontrei e a guiando naquele caminho que eu conhecia muito bem.
Entrei no meu quarto e fechei a porta atrás de nós, não perdendo um segundo antes colocar seu corpo contra a parede e atacar seus lábios. Porra, aquilo era bom; muito bom. Eram carnudos, macios e encaixavam perfeitamente nos meus. Me fazia questionar como pude resistir por tanto tempo.
Tateando a superfície atrás dela, eu localizei o interruptor, levantando o mesmo e a guiando para a cama, empurrando seu corpo suavemente para observá-lo cair de costas.
Retirei minha camiseta, vendo ela pregar a atenção no meu peitoral.
— Eu, hm... A gente podia fazer isso... Com a luz apagada? — soprou baixinho, parecendo um pouco envergonhada.
Eu franzi o cenho, travando a mão direita e o joelho apoiados no colchão.
— Por quê?
Ela molhou os lábios.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Secrets (loud bak)
FanfictionGabriel é um jogador famoso no cenário do Free Fire. Jovem, e de temperamento forte, repele a maioria das pessoas ao seu redor. A chegada de uma nova integrante na guilda se torna para ele uma oportunidade de ajudar sua família, no entanto, as cois...