Setenta e sete

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30 de Setembro, Domingo

21h50 — Esse fim de semana foi maravilhoso. Enquanto escrevo aqui não paro de sorrir e o Ge diz que se eu mostrar mais um pouco os dentes, vou parecer o coringa.

Lembra que o Johnny me chamou para jantar na casa dele ontem? Então, depois do trabalho voltei para casa e me arrumei. Avisei minha mãe e o Ge disse que ia para casa da mãe dele.

Por volta das 20h, o Jonathan veio me pegar. O jantar foi maravilhoso e os beijos no sofá depois foram ainda melhores.

Colocamos um filme para ver quando o Freddy começou a atrapalhar nossos carinhos. Ficamos abraçados com a bola de pelos deitada sobre nossos colos.

— Amor, quer dormir aqui hoje? — Jonathan parecia receoso ao perguntar e logo acrescentou: — Não temos que fazer nada. Só quero dormir do seu lado.

Me derreti toda ouvindo ele.

— Não sei. Vou avisar minha mãe.

Peguei meu celular e mandei mensagem mesmo. Em poucos minutos minha mãe respondeu, dizendo que por ela tudo bem e recomendando que eu me cuidasse.

Assistimos mais outro filme, conversando e brincando. Freddy parecia feliz com a gente ali e toda hora tentava nos lamber, o que rendia muitas risadas e alguns contorcionismos para fugir de sua língua.

Na hora de dormir, fomos para o quarto dele. Ali era mais intimidador do que meu quarto, pois apesar de já termos dormidos lado a lado, antes fora em um ambiente familiar para mim.

Jonathan perguntou se eu queria uma camiseta dele, para ficar mais a vontade. Aceitei. Ele me entregou a peça de roupa.

— Amor, você se importa se eu dormir de cueca?

Senti meu rosto esquentar e não sabia se de vergonha ou excitação por imaginá-lo apenas de roupa íntima.

— Por mim tudo bem. — falei lhe arrancando um sorriso maroto.

Jonathan começou a se despir na minha frente, sem pudor algum. Na verdade, acho que estava se exibindo um pouco. Fiquei de boca aberta, aproveitando o show. Após ficar apenas de cueca ele se deitou.

Resolvi retribuir e como ele já me vira quase nua foi mais fácil reunir coragem. Tirei os sapatos e a calça jeans, deixando de lado. Puxei minha camiseta por sobre a cabeça e a deixou com as outras peças. Notei o olhar desejoso do Jonathan e vacilei um pouco, virei de costas e tirei o sutiã e vesti sua camiseta.

Ouviu um assovio quando me abaixei para pegar minhas roupas. Virei e vi ele deitado com os braços cruzados atrás da cabeça. Ele estava muito sexy.

— Que bunda linda, amor.

Sorri um pouco convencida e deixei minhas coisas sobre sua cômoda. Fui até ele e deitei do seu lado, ele me abraçou.

— Amor, me desculpa. Mas vou te evitar beijar agora, pois depois desse show maravilhoso terei que me acalmar.

Ri e realmente ele estava bem excitado. Não vou negar que minha auto estima subiu ao saber que esse homem me desejava tanto quanto eu o desejava.

Jonathan saiu da cama e apagou a luz. O quarto não ficou totalmente escuro, pois ele esquecera de fechar as cortinas e as luzes da rua entravam e iluminavam o cômodo de forma fraca.

Ele voltou para o meu lado e me abraçou. Ficamos frente a frente, nos olhando na baixa iluminação. Estava me sentindo bem e feliz ali com ele. Senti meu coração se encher de amor dentro do peito e lembrei das palavras do Ge, para não esperar até que fosse tarde demais.

Diário de uma Virgem [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora