Carina

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          Pedi para falar com o comandante em particular e ele concordou. Assim que fechou a porta eu perguntei...

           _ O traficante de pessoas, dono daquele bordel, tinha alguma coisa a ver com os caras que estavam com o Daryl naquele dia?

           _ Chegamos até o cara, após seguir a pista deles. 

           _ Aqueles caras vão focar em mim. Um deles não gostou nada do Daryl comentar as coisas na minha frente. 

           _ Esse trabalho é arriscado e você sabe disso. Sendo uma espiã, vai estar sempre com um alvo nas suas costas. Nossa força tarefa não é para perder tempo com investigações. Isso é com o FBI. Nossa responsabilidade é a ação. Só estamos participando dessa operação, porque o FBI pediu nossa cooperação. 

          _ Eu vou para a casa dele. Precisamos fazer o combinado e grampeá-lo. 

          _ E colocar um rastreador em você, também. Para o caso de acontecer alguma coisa. 

          _ Um subcutâneo. Quanto mais discreto, melhor. 

          _ Faremos isso agora mesmo. 

          Eu estava preocupada em como a gangue reagiria. Eu precisava tomar mais cuidado ainda e qualquer movimento em falso, colocaria até mesmo a vida do Daryl e do Matt em perigo. 

          _ Suba na maca. Eu faço isso. 

          Olhei para o comandante, que me incentivou a obedecer o doutor. 

          _ Onde quer colocar?

          _ O mais discreto possível e longe das vistas. _ eu disse. 

          _ Não se preocupe, ninguém verá. Retire o seu coturno. 

          Por uma fração de segundo eu fiquei preocupada em ter que colocá-lo no meu pé. Mas entendi que era o local mais discreto. Já que estaria sempre coberto. Fechei os olhos quando o vi se aproximar da lateral do meu pé. Foi rápido. Uma dor suportável. E eu me sentia mais segura. 

         _ Pronto. Vê? Temos a sua localização em tempo real. 

         _ Ótimo! Agora vamos grampear o Daryl. _ pedi. 

         Eu precisava saber se a gangue tinha ou não, desconfiado de alguma coisa, e por isso eu fui até a pista de corrida. Daryl estava lá, aguardando sua vez. Enquanto conversava com um rapaz que tinha um grande volume de notas nas mãos. 

          _ Olá! Não sai mais daqui e não dá atenção aos amigos. 

          _ Pelo visto, você não consegue mais ficar longe de mim. Admita logo que me ama. 

          _ Admito que temos um desafio que eu pretendo ganhar. Vai correr ou já correu?

          _ Já corri e vou correr de novo. Pode ficar olhando. Sei que não aguenta a adrenalina. 

          Eu fiquei observando os carros se aproximando e as pessoas aplaudindo o vencedor daquela corrida. 

           _ Ouviu dizer que prenderam o Jeff? _ o rapaz que tinha o dinheiro das apostas perguntou. 

           Fingi que não estava prestando atenção na conversa e aplaudi o vencedor também.

          _ Sim. Parece que uma das garotas que eles exploravam deu com a língua nos dentes. Um policial se fingiu de cliente. _ Daryl disse. 

Is It Love? Carter Corp - Amor e PoderOnde histórias criam vida. Descubra agora