Elisa

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         Após o casamento de Eva, eu e Matt fomos juntos para a maternidade. Eu já podia andar de moto e ele não precisou pegar o carro do irmão emprestado.

          Ver meus filhos sem sonda e respirando sem ajuda, acalmava meu coração. Fiquei com medo de precisar usar de novo, mas eles reagiram bem.

          _ Prontos para segurá-los?

          Olhei para Matt sem acreditar.

         _ Eu vou poder?

         A enfermeira abriu a incubadora e pegou Carl. Matt estendeu os braços na direção dele. Ela olhou para mim, mas eu indiquei para ela ir em frente.

           _ Oi, Carl. Você é tão guerreiro quanto o personagem. Papai está feliz pelo seu desenvolvimento. _ ele beijou a testa dele.

             Segurou as mãozinhas e os pezinhos. Depois me entregou ele. Com os olhos úmidos.

            _ Vai com a mamãe, filho.

           Eu peguei aquele ser com cuidado. Tinha medo de deixá-lo cair. Esperei tanto para segurar meu filho no colo. Que não consegui dizer nada e não contive as lágrimas. Carl era o bebê que eu quase perdi. Por causa da Suzy.

           Matt enxugou meu rosto. Ele sabia porque eu estava assim.

           _ Está tudo bem agora. _ Matt beijou minha testa.

          A enfermeira o colocou de volta na incubadora. E pegou Abigail. Dessa vez entregou primeiro para mim.

          _ Oi, filha. Mamãe quer muito te levar para casa. Mas ainda não posso. É a cara do pai.

           _ São lindas. _ ele afirmou.

          A menina estava mais agitada e ergueu a mãozinha, que Matt segurou.

          _ Oi, bebê do pai.

          A menina sorriu. Olhamos um para o outro e demos risada.

          _ É como dizem... Faz diferença conversar com eles ainda na barriga. Reconhecem a nossa voz.

           A entreguei nos braços dele.

           A enfermeira me passou o Elijah. Que tinha mais cabelinho que o irmão. Estava dormindo. Por isso eu não disse nada. Apenas aproveitei o momento. Matt o segurou com cuidado também.

           E então segurei Rosalie. Que estava quietinha. Apenas observando.

           _ Estão quase prontos para receber a alta. O mais leve tem um quilo e oitocentos. _ a enfermeira informou. _ Provavelmente esse aqui vai alcançar o peso primeiro. Já está com um quilo e novecentos e vinte gramas.

           _ Previsão de alta? _ Matt perguntou.

           _ Isso só o doutor pode passar. Mas acho que eles terão alta entre duas e quatro semanas.

           _ É muito ainda. _ Matt desanimou.

           _ Para quem aguentou até agora, é mais um incentivo. Só mais um mês. E estarão com a gente.

           _ Isso. Pense assim. Falta pouco agora.

            Quando saímos dalí estávamos emocionados. Seguramos nossos bebês e tinha previsão de alta.

            Matt foi comigo para casa e minha mãe logo começou a paparicar o genro. Trouxe lanches e ficou perguntando se ele estava dormindo direito. Se alimentando. Descansando bastante.

Is It Love? Carter Corp - Amor e PoderOnde histórias criam vida. Descubra agora