Me Olha Que Eu Já Te Vi

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Oi, gente bonita! Tudo bem por aí?
Bom, preciso avisar que tem um pequeno hot aqui, então quem não curte, por favor esteja avisado.
Muito obrigada a todos que estão lendo e me apoiando. Vocês são demais! Beijoca melada pro'cêis.
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Eu disparei a falar e Vitória não falava nada. Acho que chatiei ela com a história.
Vitória chegou mais perto de mim, colocou uma mecha do meu cabelo pra trás da minha orelha e quando foi falar alguma coisa, fomos interrompidas por uma horda de amazonas muito animadas que invadiram a casa de Vitória e me carregaram de lá.
No centro da aldeia, onde havia acontecido o combate, elas tinham preparado um banquete pra vencedora. Era uma festança!
Sentamos todas no chão mesmo, enquanto passavam os pratos com muita comida e bebida à vontade. Uma banda tocava o tempo todo.
Vitória veio sentar perto de mim e Ana Beatriz sentou do meu outro lado.
“-Ana, tá aqui tua parte das apostas.”-Me disse AnaB discretamente. Peguei a mascada de dinheiro e coloquei no bolso, disfarçadamente.
“-Mas é muito dinheiro.”-Falei baixinho pra que só ela ouvisse.
“-Quase ninguém apostou em ti por isso deu tanto. Eu apostei. Tô rica, doutora.”- Disse e gargalhou bebendo um copo de hidromel.
Fiquei um pouco decepcionada mas já era de se esperar. Quem apostaria no azarão?
Enquanto Vitória me servia um prato, resolvi perguntar:
“-Vi, qual é a historia da Sabrina? Vi que ela tem várias marcas de queimaduras pelo corpo. O que aconteceu com ela?”-Quis saber, curiosa.
“-Ah, Ana, é uma história bem comum entre nós.”-Fez uma pausa e continuou: “-Sabra e AnaLu não eram casadas ainda. Elas estavam voltando para Corre Ventos quando passaram próximo à uma aldeia que havia sido atacada por soldados. Eles dizimaram a tribo. Sabra e AnaLu vasculharam a aldeia em busca de sobreviventes e encontraram apenas Sabrina. Na época ela tinha 3 anos e o corpo coberto de queimaduras. Os soldados apagavam seus charutos nela. A menina estava subnutrida e quase morta quando foi encontrada. Sabra a pegou no colo e disse pra AnaLu que seria mãe dela. AnaLu disse que gostaria de ser mãe junto com ela e a pediu em casamento. Elas se casaram dias depois. Sabrina é tudo pra elas. É uma história que sempre se repete. Somos todas filhas da guerra.”- Vitória terminou de contar com pesar em sua voz. Todas temos nossas próprias batalhas.
“-Ah, Vitória. Que triste.Mas que bom que Sabra e AnaLu encontraram a pequena.”-Continuei: “-Ela deve ser o xodó da tua mãe, né? E por falar nela, onde ela tá?”-Eu estava muito enxerida. Acho que era efeito do hidromel.
“-Mainha saiu numa cavalgada de três dias até uma aldeia aliada. Ela foi negociar a próxima produção de arroz.”-Falou com um certo alívio na voz. Será que ela não quer que eu conheça sua mãe?
“-Nossa! Ela parece importante!”-Falei inocente.
“-Dona Isabel é a líder de Corre Ventos. Ela que fundou a aldeia.”-Falou calmamente.
“-Vitória! Por que tu nunca me disse que era da realeza? E eu te explorando nos afazeres domésticos lá em casa! Tu é tipo uma rainha?”-Falei com os olhos arregalados ao que Vitória gargalhou:
“-Não, Ninha. Não tem problema. Eu adoro afazeres domésticos. E não sou rainha, não.”-Mas era sim.
A festa se estendeu e não tinha hora pra acabar. Vitória me puxou para dançar. Dançamos ao som dos tambores e flautas e foi quando percebi alguém puxar meu braço. Era Tâmara. Ela ainda estava ali?
“-Doutora, tenho uma coisa que lhe pertence.”-Me entregou a certidão do casamento arranjado.
“-Isso não me pertence, não.”-Falei
“-Ah, pertence sim. Boa noite.”- Falou e se retirou.
Entreguei a certidão à Vitória que rasgou, jogou no fogo e sorriru.
“-Tô muito feliz, Ninha. Obrigada.”
“-Que bom, Vitória. Tu merece estar com alguém da tua escolha. Bom, preciso ir pra casa. Tá muito tarde, ou cedo nem sei que horas são.” Falei descontraída.
“-Ah, não Ninha. Dorme aqui. Tá tarde e o Trovão nem sei onde tá e essas amazonas aqui tão tudo bêbada. Não confio nelas pra te levar pra casa.”-Eu sabia que ela falou aquilo só pra eu desistir de ir embora.
“-Tá bom então. Mas eu já vou deitar. Minhas costas tão doendo de cair no chão.”-Falei com a mão na lombar.
  “-Vou contigo então.”-Nos despedimos de quem ainda estava consciente e fomos pra casa de Vitória.
Chegando lá, Vitória trancou a porta e veio chegando perto de mim:
“-Ninha, agora eu tenho uma história pra te contar. Logo depois daquele dia que tu gritou pra eu levantar e derrubei teu primo, eu fui prestar meu Rito de Passagem. Foi difícil sobreviver àquela prova. Fiquei cinco dias perdida na floresta sendo atacada por vários animais selvagens. Eu não aguentava mais e ia desistir quando ouvi na minha cabeça tua voz gritando: “-Levanta, Vitória!”. Eu consegui terminar minha prova porque tu não me deixou desistir. Eu sabia que alguém torcia por mim. Depois que me recuperei dos ferimentos, fui até tua casa. Eu queria te encontrar mas quando cheguei lá, vocês tinham se mudado. Eu pedi pra minha mãe comprar tua casa. A casa que te emprestei quando tu chegou aqui de volta. A vida é muito sabida. Ela te trouxe de volta pra mim “-Quando Vitória terminou de contar, percebi que estávamos deitadas em sua cama e ela estava nua sobre mim à uma distância perigosamente perto.
“-Vi..Vitória...acho que vou dormir ali...”-Fiquei nervosa com o nariz da deusa da beleza encostado no meu e dançando sobre mim.
“-Não, Ninha. Agora que tu tá aqui comigo, não vai mais, não. Me olha que eu já te vi.”- Finalizou deixando seus lábios tocarem os meus num beijo quente e apaixonado. Sua língua explorava toda minha boca. Me faltava o ar de um jeito bom.
Seus beijos desceram devagar para meu pescoço e toda minha pele arrepiava à seus beijos e toques percorrendo meu corpo. Vitória começou a desabotoar minha blusa quando eu pedi que ela parasse.
“-Vitória, espera...eu não... eu nunca...”
“-Tu tá com medo de mim, Ninha?”- Falou me beijando
“-Não! Eu quero muito, mas podemos ir um pouco mais devagar? Isso não deve ser feito só depois do casamento?”- Vitória riu de mim. Escondi meu rosto em minhas mãos.
“-Tu quer casar, Ninha?”-Perguntou ainda me beijando.
“-Quero...mas... não agora...Vitória, se tu continuar me beijando assim...”-Já nem conseguia mais formar uma frase.
“-O que, Ana?”- Perguntou com a voz rouca e arrastada já descendo os beijos pela minha barriga. Ela sentia minha excitação e não ia parar.
Desceu os beijos por minha barriga e foi tirando minha saia. Beijava e chupava minhas coxas me deixando completamente enlouquecida. Senti minha roupa íntima molhada. Vitória tirou rapidamente, posicionou o rosto entre minhas pernas e eu não conseguia mais me controlar. Rebolei meu quadril e Vitória passou sua língua lentamente em minha virilha.
“-Vi...Vitória...”- Gemi baixo.
“-Geme pra mim, Ana.”- Enfiou sua língua no meu sexo, chupando lenta e tortuosamente.
“-Vitória!”- Gemi alto arqueando o corpo.
Vitória colocou dois dedos dentro de mim e esfregava meu clitóris me fazendo agarrar os lençóis. Minha respiração começou a ficar descompassada, acelerada e ela acelerou os movimentos.
“-Se deixa em mim, Ana Clara.”- Vitória falou com aquela voz rouca que fez meu ventre contrair e meu líquido quente escorrer em sua boca.  Vitória escalou beijando meu corpo enquanto meus batimentos voltavam ao normal. Me deu um beijo doce e profundo. Enquanto me beijava, desceu sua mão até meu sexo e enfiou os dois dedos.
“-Vitória, eu acabei de...”-Mas ela não me deixou continuar.
“-Shhhh! Eu quero você.”-Continuou os movimentos lentamente em meu ponto íntimo enquanto me beijava. Deixou meus lábios e atacou meu pescoço enquanto meu corpo respondia aos seus carinhos. Eu rebolava em seus dedos e ela acelerava os movimentos.
“-Vitória...eu vou...”-Ela chupava meu seio e acelerou seus dedos com força me fazendo sua pela segunda vez.
Nenhum livro jamais vai descrever o que Vitória me fez sentir.
Ela me amou até o dia clarear.

Dra. CaetanoOnde histórias criam vida. Descubra agora