O Visitante

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Oi, minhas pessoas queridas! Tudo bem?
Quero agradecer muito à todas que estão acompanhando Dra. Caetano. Espero que estejam se divertindo lendo tanto quanto eu estou me divertindo escrevendo. Muito obrigada pelas estrelinhas e pelos comentários. Amo vocês.
Esse capítulo tem um pequeno hot então, quem não gosta, por favor não leia.
Um beijo e lavem as mãos ;)
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Contei toda história da hérnia que operei em dona Isabel durante o caminho de volta. Eu queria que Vitória me deixasse em casa mas ela insistiu em me levar à Corre Ventos primeiro. Eu sabia que a mãe dela não me queria lá, então preferia evitar o embate, mas Vitória era teimosa.
“-Vitória, tua mãe já me escurraçou de lá uma vez. Não quero confrontá-la.”
“-Não tá certo isso, Ninha! Tu não fez nada errado. Ela tá sendo injusta contigo.”-Falou enquanto chegavamos à aldeia.
Adentramos em Corre Ventos e fomos recebidas com gritos de guerra. Não entendi bem o porquê. Sabra estava junto na multidão e nos falou:
“-Dona Isabel quer falar contigo, Vitória. Ainda bem que tu conseguiu trazer a doutora de volta. Leva ela junto.”- Disse Sabra com ar misterioso.
Vitória me levou até a casa de dona Isabel e entramos em seu quarto. Fiquei feliz de vê-la bem e se alimentando.
“-Vitória, minha filha, que bom que tu voltou. Senta aqui do meu lado.”- Disse enquanto eu fiquei parada, de pé, abraçada na minha maleta parecendo uma criança que ia levar bronca. “-Doutora, a senhora pode vir dar uma olhada nos meus pontos?”- Me perguntou com calma.
“-Claro, dona Isabel.”- Me aproximei dela e continuei.“-A senhora está sentindo algu...”Não pude terminar. Ela me puxou para um abraço e caí deitada ao lado dela. Me abraçou e me deu um beijo na testa me pedindo desculpas.
“-Doutora, a senhora pode me perdoar? Eu sou muito teimosa , sabe, e acho que passei isso pras minhas filhas também. Mesmo que eu seja a líder dessa aldeia, não me dá direito nenhum de interferir na vida dos outros. Eu fiz muito errado em lhe mandar embora. A casa não é só minha, é das minhas filhas também. E se elas querem que a senhora fique, então a casa é sua. Pode ficar o tempo que quiser.  E obrigada por salvar minha vida, à propósito.”-Dona Isabel falou com sinceridade em seu olhar.
“-Dona Isabel, eu só lhe perdôo se a senhora não me chamar mais de senhora. Me chama de Ana.”- Falei aliviada.
“-Oxi! Vou te chamar de Aninha então! E saiba que tu é bem-vinda aqui na nossa aldeia. Venha sempre que quiser. E se quiser vir morar aqui, mando Vitória construir uma cabana pra tu.”-Me disse dando uma gargalhada e deixando Vitória envergonhada. Linda ela com as bochechas vermelhas.
“-Agradecida, dona isabel, mas por enquanto vou ficando na casa perto da vila. Fica mais perto da minha clínica.”-Falei agradecida.
“-Agora vão lá pra rua falar com Sabra que ela tem um presente meu pra ti, Aninha.”-Falou me enxotando da sua cama.
“-Presente? Mas não precisa nada não.”- A verdade é que eu estava curiosa pra saber.
Saímos da casa de dona Isabel e Sabra vinha trazendo meu presente: uma égua belíssima! Não acredito que ganhei uma montaria!
“-Mainha quer lhe dar essa égua, Drª Caetano. Nas nossas tradições, dar uma montaria à alguém é sinal de respeito.”-Disse ela e eu fiquei emocionada.
“-É linda!! Olha ela! Marronzinha com o focinho branco! Coisa mais linda, moDeus!”- Falei e a égua bateu a pata no chão, como se fosse um cumprimento.“-Oi, coisa mais linda. Eu sou a Ana. Tu quer ser minha amiga?”-Lembrei que Vitória disse que Trovão não era propriedade dela e sim, um amigo. A égua, bateu mais uma vez a pata no chão. Vou interpretar isso como um sim.
“-E aí? Vamos apostar uma corrida?”- Disse Vitória me desafiando.
“-Ah, e eu vou ganhar! Detesto perder!”- Falei já montando.
Vitória chamou por Trovão e saímos em disparada pelas verdes planícies de Northfolk, correndo por campos floridos com a mais diversa flora. Campos de girassóis, flores do campo e hortensias e todo tipo de árvore frutífera. O perfume das flores me enebriava. Era igual o cheiro de Vitória. Passamos por córregos, onde as patas dos cavalos espalhavam água por todos os lados pela velocidade que alcançavam e uma revoada de andorinhas nos acompanhava. Quando o vento bateu forte em meu rosto, virei para o lado e vi o sol batendo nos cabelos de Vitória. Ela cavalgando, com os cabelos ao vento e sorriso no rosto, parecia ter asas e era uma das minhas visões preferidas. Sou muito trouxa.
Paramos perto de um riachinho para descansarmos e para Trovão e minha nova amiga, ainda sem nome, se refrescarem um pouco. Deitamos em um gramado perto do riacho.
“-Esse lugar é lindo, Vitória.”- Falei admirada.
“-É lindo mas, isso aqui tudo, pequeno se faz num riso teu. Tu é linda demais, Ninha.”- Vitória falou me puxando pra perto.
Colamos nossas testas, nossos olhos conversavam e nossas bocas se beijavam de forma calma e lenta. Era como se o tempo tivesse parado. Vitória se aconchegou em meus braços, colou seu rosto em meu pescoço e disse:”-Que bom que mainha te aceitou. Eu te amo tanto, Ninha.”- E adormeceu. Agora me dei conta que ela ficou fora três dias. Devia estar muito cansada. Deixei-a dormir.
Algumas horas depois, Vitória acordou e eu precisava ir para casa. Passamos na aldeia para pegarmos minha mala e minha maleta e ela quis me acompanhar até em casa.
Chegando em casa, Vitória disse que tomaria um banho e faria a janta enquanto eu desfazia minha mala. Agora que sei que Vitória é da realeza, fico um pouco envergonhada em deixá-la cozinhar mas ela insiste. Ainda bem.
O cheiro da janta estava delicioso e Vitória andava pra cá e pra lá, pra lá e pra cá pela cozinha procurando as tigelas para salada, quando ouvimos alguém bater na porta.
“-Tá esperando visita, Ninha?”- Me perguntou desconfiada.
“-Não. Quem será essa hora?”- E fui abrir a porta.
Qual não foi minha surpresa ao abrí-la.
“-Não acredito! Pai!”-Pulei nos braços do meu velho pai. “-Que saudade!”
“-Boa noite, Drª Caetano.”-Meu pai cheio de graça.
“-Entra, pai. Chegou na hora boa. Como me achou aqui? Meu Deus, que dia feliz!.”-Falei trazendo ele para dentro de casa.
“-Ah, cheguei na vila e perguntei à um rapaz que é ferreiro, Lucas o nome dele, um rapaz simpático, me trouxe até aqui.”-Explicou papai e continuou: “- Boa noite, moça bonita”-Meu pai muito é galanteador.
“-Pai, essa é Vitória Falcão. É uma pessoa muito importante pra mim.”- Falei meio sem jeito.
“-Olá, Vitória. Sou Edmilson. Muito prazer.”
“-Ana sempre fala do senhor com muito carinho. É um prazer conhecê-lo.”-Disse Vitória muito educada. Ainda bem que ela estava vestida. Tem mania de andar nua pela casa.
“-Bem, o jantar tá quase pronto. Vou colocar a mesa enquanto vocês conversam.”- Vitória disse e se retirou.
“-Minha filha, me conte como você está? Todos souberam da jovem médica, recém chegada em Northfolk que combateu a influenza. Seu nome saiu em todos os jornais.”- Meu pai contou orgulhoso.
“-É, eu sei pai, mas não fiz nada sozinha. Tive muita ajuda do pessoal da vila e de Vitória e as amazonas. Na verdade, se não fosse por Vitória talvez eu nem estivesse aqui.  Mas depois lhe conto a história. Recebi um convite para trabalhar no hospital modelo de Westfolk. ”-Contei a ele.
“-Isso é maravilhoso, filha! É um grande hospital! Um grande passo na carreira. E quando você vai?”
“-Não vou, pai, , meu coração está aqui.”- Falei e olhei para Vitória que estava chegando para nos chamar.
“-Vamos jantar?”
O jantar correu tranquilamente. Meu pai contou que Luana arrumou um namorado e o namoro estava firme. Nossa, que saudade da minha irmã. Estava tudo calmo, até meu pai perguntar:
“-E você, Vitória, tem namorado? Uma moça tão linda deve ter vários pretendentes correndo atrás.”-Meu pai falou e eu engoli à seco.
“-Tem um aí que tô querendo, sabe seu Edmilson. Pessoa íntegra, responsável, inteligente, dona de seu prórpio nariz, uma pessoa linda de verdade.”-Vitória terminou e eu senti minhas bochechas arderem.
“-Mas isso é ótimo! O que falta pra engatar o namoro?”-Perguntou papai.
“-O pai dessa pessoa, seu Edimílson. Acho que ele não vai gostar.”- Algo me diz que Vitória tá aprontando alguma coisa.
“-Ah, Vitória, crie coragem e fale com ele. Qualquer homem adoraria ter uma nora como você.”-Touchê!
“-Então, seu Edimílson, eu gostaria da sua permissão para namorar sua filha.”-Vitória falou e meu pai se engasgou com o suco que bebia.
“-Pai! Levanta os braços, pai! Vitória, tu quer matar meu pai?!”
“-Oxi, num foi minha intenção, não. Desculpa. Só quis aproveitar o momento.”-Me disse na maior cara de pau.
“-Já tô bem filha, já tô bem.”-Meu pai disse com lágrimas nos olhos pelo engasgo. “-Mas vocês estão namorando?”- Me perguntou e tomou mais um gole de suco.
“-Não é bem namoro, pai. Não oficialmente.”-Tentei amenizar.
“-Oxi! Como não oficialmente? NaClara, eu quero me casar contigo e isso é oficial sim.”-Vitória não tem filtro.
Meu pai se engasgou pela segunda vez com a sinceridade de Vitória.
“-Pai! Levanta os braços, pai!”- Falei abanando-o com um livro.
“-Tô bem, filha, já passou. Isso foi realmente algo inesperado. Preciso preparar sua mãe para isso. Ana Clara, sua mãe vai me matar e depois vai te matar.”- Disse meu pai dando risada.
A noite foi agradável e divertida. Eu tinha ali duas pessoas que eu amava e estavam se dando bem. Mas na hora de dormir...
“-Pai, tu conhece bem a casa. Tu pode escolher um dos quartos pra ficar.”-Falei já arrumando a roupa de cama pra ele.
“-Minha filha, Vitória vai dormir contigo?”-Falou assim, sem cerimônia.
“-Não, pai...ela vai dormir no outro quarto, lembra? Essa casa tem três quartos.”-Não gosto de mentir, mas não podia falar a verdade pro meu pai.
“-Vô, é?”-Vitória me olhou com olhos de julgamento.
“-Vai, Vitória. Lembra que tu sempre dorme no quarto de hóspedes?”- Falei olhando pra ela por cima do óculos.
“-Bom, vou ficar com aquele quarto ali mais dos fundos.”-Entreguei os lençóis e o cobertor pra ele e lhe dei um beijo de boa noite.
“-Boa noite, pai. Boa noite, Vitória.”-Me despedi e fui pro quarto.
Faziam dez minutos que havia me deitado e senti um corpo invadir minha cama, se acomodando sobre mim.
“-Vitória, meu pai tá no quarto ao lado. Hoje não vamos fazer nada.”-Não sei porque gasto meu vocabulário tentando argumentar.
“-Ninha...eu tô com tanta saudade de tu.”-levantou minha camisola e trilhou beijos em minha barriga.”-Eu te quero agora.”
“-Vi...Vitória...meu pai vai acordar...”
“-Quietinha, Ninha.”- Me calou com seus beijos quentes e apaixonados. Mordeu e chupou meus lábios degustando, saboreando cada beijo. Suas mãos percorriam meu corpo e cada toque seu me causava taquicardia, aceleração. Desceu os beijos por meu pescoço e suas mãos massagevam meus seios enquanto seu joelho esfregava de leve meu sexo.
“-Vitória...eu já tô quase...”- Sussurei.
“-Ainda não. Quero que tu te derrame na minha boca.”
Vitória, desceu os beijos pelo meu corpo, contornando minhas curvas e desenhando suas marcas em mim. Afastou minhas pernas, chegando até minha intimidade já molhada e pronta para ela. Começou lamber e me chupar, de baixo para cima, com vontade e com força, e meu corpo respondia com espasmos e tremores.
“-Ai, Vitória...”-Joguei minha cabeça para trás e me agarrei aos lençóis.
“-Eu quero teu peito grintando meu nome, Ana Clara.”
“-Meu corpo todo grita por ti, Vitória...”-Tentei falar o mais baixo possível.
Vitória acelerou seus movimentos, me chupando intensa e rapidamente enquanto seu dedo massageava  meu clitóris. Rebolei meu quadril mais algumas vezes em seu rosto até atingir o orgasmo. Vitória não parou. Continuou me lambendo e meu corpo se contraindo, minhas pernas dormentes, minha respiração ofegante.
“-Vitória, pára, por favor...”
Aí sim que não parou. Trocou sua língua por seus dedos e continuou me estocando rápido e com força enquanto subia para atacar meus lábios. Me beijava com violência enquanto acelerava seus dedos em mim e se masturbava. Cravei minhas unhas curtas em suas costas, desci as mãos até sua bunda e estava quase chegando no segundo orgasmo. Vitória enterrou seu rosto em meu pescoço, gemeu, e eu cravei meus dentes em seu ombro para abafar meus gemidos.
“-Vem pra mim, Ana Clara. Goza nos meus dedos.”-Vitória disse e me derramei nela mais uma vez.
Vitória rolou para o lado, deitando-se com o peito para cima e o braço por cima da testa esperando a respiração voltar ao normal. Me virei de lado para ela e fiquei lhe admirando.
Ela parou de ofegar, retirou o braço sobre testa, olhou pra mim e perguntou:
“-O que foi?”
“-Só tô aqui pensando.”
“-Pensando em quê, Ninha?
“-Que tu vai ter que me aturar por mais um tempo. Eu acho que te amo”-Falei. Ela sorriu e me beijou.

Dra. CaetanoOnde histórias criam vida. Descubra agora