» I Can't Love You ˎˊ˗ ࿐°

• ꒰ Chapter 25 • I just want to be sure.꒱ ˎˊ˗ •

Sabina Hidalgo.
• 27 de novembro de 2019
Los Angeles, USA.
Colégio Interno.

Fazia pouco mais de uma semana desde que voltamos de Orlando, e foi uma viagem inesquecivelmente estranha. Tive que aguentar Fernando e Noah discutindo a cada cinco segundos, meu pai dando várias indiretas para mim. Ou seja, uma viagem que era para ser incrível para mim, se tornou um verdadeiro saco, e eu nunca mais queria estar no mesmo lugar que meu pai e Noah juntos.
Agora faltavam apenas duas semanas para a nossa viagem de fim de ano, e eu estava louca para que ela acontecesse, afinal, eu queria um momento de paz, onde não tinha escola, meu pai, Bailey e Logan. Seria apenas eu, meus melhores amigos e meu namorado, em uma casa isolada de tudo e todos com uma praia na frente. Tem coisa melhor que isso? Não, não tinha. E é por isso que estou tão animada, arrumando tudo que consigo. Já consegui meu visto, e agora estou contando com ajuda de Any para aprender algumas frases em português. Noah cuidou das nossas passagens e agora só faltava realmente esperar o dia vinte de dezembro para embarcarmos no avião e partir rumo a Fernando de Noronha no Brasil. 
Hoje era quarta, o que significava que eu teria três provas, ensaios, duas atividades em grupo para entregar e uma aula de laboratório de química. Ou seja, havia muita coisa para um único dia e eu teria de dar conta de absolutamente tudo. 
Acordei às cinco e meia da manhã com meu alarme tocando. Me movendo cuidadosamente na cama, empurrei os lençóis para o lado e me sentei, olhando para Noah. Ele estava perfeito, dormindo calmamente com alguns fios de cabelo caindo em sua testa. Abri um sorriso, me abaixando um pouco até beijar suavemente seus lábios. Um sorriso se desenhou em seu rosto, e ele passou os braços pela minha cintura, me puxando para perto e me fazendo deitar sobre o seu peito.

— Já está indo? — Ele perguntou com a voz rouca de sono, me encarando com aqueles olhos verdes hipnotizantes. 

— Já. Quero correr hoje, faz tempo que não corro de manhã. — Seu semblante ficou travesso e eu me perguntei sobre o que ele estava pensando.

— Você anda fazendo muito exercício de madrugada. Gastando muita energia. — Corei no exato momento em que essas palavras saíram da sua boca, dando um soquinho em seu ombro. 

— Cale a boca, Urrea. — Ele soltou uma risadinha presunçosa, passando a mão em meu rosto para afastar algumas mechas de cabelo e me puxando para um beijo suave. Abri um sorriso. 

— Eu adoro quando você fica assim, nervosinha. — Revirei os olhos, me desvencilhando dele e me levantando.

— Você ainda não me viu ficar "nervosinha", mas estou sem tempo para te mostrar. — Abri um sorriso, recolhendo minhas roupas, que estavam espalhadas pelo quarto, e me vestindo rapidamente. — Até mais tarde. — Falei, me aproximando da cama e beijando seus lábios. 

— Até mais, meu amor. Te amo. — Respondeu, e sentindo meu coração pular uma batida e meu rosto corar, eu não consegui conter um sorriso.

— Eu também te amo. — Respondi, me virando e saindo pela porta. 

Caminhei pelo corredor até chegar no meu dormitório. Eu estava me sentindo cansada, e sei que a culpada por isso sou eu mesma. Afinal, passar algumas horas da madrugada acordada, brincando com Noah não parece ser a melhor maneira de descansar perfeitamente. Me espreguiçando, peguei minha típica roupa de corrida e fui para o banheiro. Tomei um banho rápido frio, tentando despertar um pouco mais. E logo que terminei, me troquei, prendi o cabelo em um rabo de cavalo alto e sai do cômodo, pegando meu fone, meu celular e saindo do quarto. Fiz meu caminho em direção aos elevadores e apertei o térreo, caminhando para a área externa e em seguida, começando uma corrida ritmada pelo lugar.  
Não corri por muito tempo, eu estava me sentindo literalmente cansada, e não pretendia gastar toda a minha energia em uma corrida matinal. Voltei para o quarto e deixei meu celular e fone sobre a cama, me preparando para tomar mais um banho e me arrumar para a escola.