Fernando Hidalgo.
• 02 de agosto de 2019
Los Angeles, USA.
Residência secundária dos Hidalgo.Eu olhava atentamente para o homem sentado em minha frente. Já não era o primeiro infiltrado dos Urrea. Esse devia ser o terceiro em menos de um ano, o que me levava pensar que haviam outros e que eu teria que os caçar um por um.
Levantei a arma e mirei na testa do homem, que suplicava por piedade. Se ajoelhava em minha frente enquanto pedia que eu o deixasse vivo. Mas antes que eu pudesse atirar, a porta do escritório se abriu, revelando Ramirez, um dos meus homens.— Senhor, você precisa ver algo. — Falou e eu assenti.
— Vou apenas terminar o trabalho aqui... — Ele negou.
— É melhor o senhor ver isso antes de tentar terminar o trabalho aqui. — O olhei, confuso, mas concordei, pegando o homem que estava no chão de maneira bruta e o jogando no sofá.
— Se tentar aprontar, vou te fazer implorar pela morte. — Falei, e ele assentiu, enquanto era possível ver o medo transbordar em seus olhos.
Sai do escritório acompanhado de Ramirez, que me guiou até a sala. Havia uma caixa enorme no meio dela, da qual me aproximei cautelosamente e examinei.
Não havia remetente, ou se quer uma mensagem para sabermos do que se tratava. Podia ser qualquer coisa, inclusive uma bomba.— Abram — Ordenei para eles, que assentiram, começando a abrir a caixa de madeira.
Quando enfim eles tiraram a tampa e eu vi o que tinha dentro, senti meu sangue ferver, o desgraçado do Urrea havia matado meu homem, e nada mais justo do que eu matar o dele.
Me virei enfurecido, começando a andar em direção as escadas para ir rumo ao meu escritório e matar aquele desgraçado que estava lá.— Senhor. — Parei no mesmo instante ao ouvir a voz de um dos meus homens e me virei. Ele segurava um envelope e o estendia em minha direção. Apenas o peguei e fui para o escritório. O cara estava exatamente da mesma forma como eu havia o deixado, o pavor ainda era óbvio em sua expressão.
Respirei fundo, abrindo o pequeno envelope endereçado a mim. Havia um papel dobrado dentro e eu não enrolei muito para ver o que havia ali. "Esse foi só um aviso. Se matar meu homem, eu mato a sua filha. - Urrea.".
— Desgraçado! — Gritei, me virando para o homem, o puxando e o jogando no chão. Começando a chutar seu corpo. — Olhe aqui. — Segurei seu rosto, que assim como o resto de seu corpo estava coberto por sangue. Ele olhou em meus olhos. — Eu vou te liberar, mas se alguma coisa acontecer com a minha filha, eu caço você e o seu chefe. — Falei e ele assentiu, com uma expressão de alívio. — Agora saia da minha frente e não ouse em voltar nunca mais aqui. — O homem se levantou com dificuldade, e desceu as escadas correndo. Fui atrás, o observando sair pela porta da frente.
— Você o liberou? O Urrea matou o nosso cara e você soltou o dele? — Um dos meus homens disse, irritado.
— Soltei. O Urrea sabe da minha filha e ameaçou a matar. — Gritei, extremamente bravo.
— Quem se importa com a sua filhinha idiota? Ninguém aqui quer saber dela, nunca deixamos que matem um dos nossos por nada. — Ele falou e eu automaticamente me aproximei dele.
— "Filhinha idiota?" — Rosnei, irritado. — Não existe nada mais importante que a minha filha, seu desgraçado. — Falei, pegando minha arma e apontando em sua direção.
— De-Desculpa. Foi a irritação do momento. — Falou, se afastando de mim.
— Não me importo. Você falou mal da minha filha e se referiu a ela como se ela não fosse importante. Você merece morrer. — E atirei em sua testa, vendo o homem cair. — Se livrem dos dois corpos. E quem ousar falar da minha filha, já sabe o que vai acontecer. — Ameacei, dando as costas para eles e subindo para o escritório. Precisava ligar para o diretor da escola de Sabina. Sei que são tipo, três horas da manhã, mas precisava saber se ela está bem.
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» I Can't Love You ˎˊ˗ ࿐°
Fanfiction⁞ '✎ Tudo ia bem na vida de Sabina Hidalgo, apesar de ser filha do chefe de uma das maiores gangues dos Estados Unidos, ela nunca teve qualquer problemas, e sempre conseguiu viver como uma "adolescente normal". Até que se apaixona por Noah Urrea, o...