Sabina Hidalgo.
• 30 de novembro de 2019
Los Angeles, USA.
Colégio Interno.Depois do que descobrimos, na quarta, as coisas começaram a mudar. Todos meus amigos e Noah ficavam preocupados comigo o dia inteiro, o que resultava em nove ou dez pessoas na minha cola, e eles não me deixavam nem mesmo ir ao banheiro sozinha. Sempre que eu sentia um pouco de enjoo ou dormia demais, eles ficavam preocupados e começavam a pesquisar se era normal. Ainda sim, tiveram coisas boas. Como a desculpa do "Peguei uma virose no final de semana e ainda estou me curando" colou, Simon e os professores permitiram que eu ficasse no meu quarto e fizesse as provas e atividades lá sob a supervisão de Noah. Eles tentaram me convencer de ir na enfermaria, mas consegui os enganar dizendo que já havia falado com meu médico e não era necessário.
Mas também teve parte ruim, ligaram para o meu pai para comprovar que eu havia realmente estado doente, já que eu supostamente passei o final de semana com ele. Fernando sabiamente disse que eu fiquei doente, e então me ligou em seguida, questionando se eu estava ou não doente, falei que estava sim doente e o médico de confiança dos Urrea havia me examinado. Eu não sei se ele caiu ou não, mas preferiu não contestar.
Esse final de semana eu iria fazer os exames que comprovariam definitivamente a gravidez, e eu estava extremamente ansiosa para isso. A possibilidade de oito testes de gravidez darem um falso positivo é mínima, mas eu ainda tinha certa esperança de que tudo não passaria de um erro e que estivesse tudo certo. Não que uma criança significasse um erro, eu só não me sinto pronta para ser mãe. Só não estava em meus planejamentos, e eu teria de mudar a minha vida inteira para me dedicar ao bebê.
Noah, por outro lado, estava extremamente feliz, sempre que estávamos juntos e sozinhos, ele passava a mão em minha barriga inexistente e a deixava lá, enquanto murmurava em meu ouvido como sempre quis ter um filho, e de como seria perfeito se a mãe fosse a pessoa pela qual ele estava verdadeiramente apaixonado, para ele tudo parecia um sonho. E embora eu estivesse com medo, estava feliz por poder ser eu a realizar esse sonho para ele.— Princesa… Acorda. — Despertei do meu sono pesado com a voz calma se Noah e um carinho em meus cabelos. Abri lentamente os olhos e encarei as encantadoras íris verdes. — Quase todos os alunos já foram, Simon também já saiu… Se arruma rapidinho, precisamos ir para Orange, se lembra? — Soltei um longo suspiro enquanto me espreguiçava e revirava na cama, escondi minha cabeça no travesseiro e fechei os olhos, querendo dormir mais. Noah riu. — Vamos, Saby. — Senti ele sentar na cama, e então afastou o cabelo do meu pescoço e deixou um beijo molhado no local. Me arrepiei, soltando um suspiro.
— Tudo bem… — Murmurei, me virando novamente e sentando. Noah sorriu.
— Você vai poder descansar no carro. — Ele falou, me observando.
— Eu sei… Mas tava tão bom, a cama está tão quentinha. — Queria voltar a deitar, mas meu namorado logo me impediu, segurando meus ombros e me encarando.
— Amor, eu sei que tudo isso está te deixando assustada e que não quer concretizar os fatos, mas precisamos fazer isso, okay? — Respirei fundo e abaixei a cabeça. Ele colocou a mão em meu queixo e me forçou a olhar para ele. — Se arruma rapidinho, vou conferir os alunos que faltam ir e já venho para pegar nossas coisas. — Beijou minha testa e se levantou, saindo pela porta do quarto.
Após cinco segundos pensando e olhando para o nada, me levantei da cama e fui para o banheiro, tomar um banho. Eu e Noah fomos apenas uma vez para Orange, e foi quando ele me pediu em namoro, as circunstâncias eram extremamente diferentes, eu nem mesmo sabia que ele era chefe de gangue, não haviam muitos riscos e fomos sozinhos. Agora, eu estava indo verificar se eu estava ou não grávida, sabendo da verdade sobre ele, com diversos riscos e uma trupe de seguranças mais o Josh e a Any.
Com tantos pensamentos, terminei meu banho enjoada. Desliguei o chuveiro logo que tirei o resto do sabão e me enrolei em uma toalha, me abaixando ao lado do vaso e colocando o completo nada que eu havia comido para fora. Lavei minha boca e escovei os dentes, indo para o quarto, onde me sequei e vesti a roupa que eu havia separado, um conjunto de moletom e uma camiseta por baixo. Quando eu terminei de passar o moletom pela cabeça, a porta se abriu e Noah passou por ela, sorrindo ao pousar os olhos em mim.
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» I Can't Love You ˎˊ˗ ࿐°
Fanfiction⁞ '✎ Tudo ia bem na vida de Sabina Hidalgo, apesar de ser filha do chefe de uma das maiores gangues dos Estados Unidos, ela nunca teve qualquer problemas, e sempre conseguiu viver como uma "adolescente normal". Até que se apaixona por Noah Urrea, o...